Equipe X Rally traz Toyota Hilux usada por Alonso no Dakar para Sertões 2020

Tricampeã do Sertões e quatro vezes vencedora do maior rali das Américas como preparadora, a X Rally vai contar com duas Toyota Hilux IMA 2020 para a edição que vai começar na próxima sexta-feira no Velocitta. Um dos carros levou Nasser Al-Attiyah ao título do Dakar de 2019 e foi guiado por Fernando Alonso na competição de janeiro deste ano na Arábia Saudita

A equipe X Rally, uma das grandes forças do off-road brasileiro, vai estar ainda mais forte para a edição 2020 do Sertões, prova que começa nesta sexta-feira (30) com o prólogo no Velocitta, em Mogi Guaçu, e tem chegada marcada para 7 de novembro em Barreirinhas, no Maranhão. A equipe da Zona Norte de São Paulo, dona de três títulos do maior rali das Américas — em 2016, 2017 e 2018 — com Cristian Baumgart e Beco Andreotti, além de faturar a prova como construtora e preparadora de Lucas Moraes e Kaique Bentivoglio no ano passado, vai alinhar duas Toyota Hilux IMA 2020. Um dos carros foi usado por Nasser Al-Attiyah na campanha que o levou ao tricampeonato do Dakar em 2019, ainda na América do Sul, e que, com atualizações, foi guiado por Fernando Alonso na sua estreia na prova, que em janeiro deste ano foi realizada na Arábia Saudita.

Trata-se de um carro com motor de 5L V8, potência de 390 cv e velocidade máxima de aproximadamente 195 km/h. Dotada de câmbio Sadev sequencial de 6 marchas e ré, a Toyota Hilux tem um peso de aproximadamente 1.850 kg vazio, que é o mínimo estipulado pelo regulamento da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).

Ao longo da sua história, a X Rally tem laços muito sólidos com a Ford e, com o modelo Ranger, em parceria com a equipe sul-africana Neil Woolridge Motorsport desde 2014, alcançou a hegemonia nos últimos anos no Sertões. A união segue em vigor mesmo com a aquisição das novas Toyota Hilux, mas uma mudança por conta da pandemia fez com que a equipe tivesse de fazer uma nova programação no cronograma para 2020.

“A pandemia forçou todo mundo a mudar seus planos, e correr com a nova geração da Ranger com motor V6 turbo estava nos nossos. Entretanto, a NWM nos avisou de antemão que, por causa de toda a situação causada pelo coronavírus, eles não conseguiriam nos entregar os carros a tempo de testarmos e irmos para o Sertões”, disse Beco Andreotti, que além de navegador tricampeão do Sertões é também o chefe da equipe.

X RALLY; TOYOTA HILUX;
O novo Toyota Hilux da X Rally para o Sertões 2020 (Foto: Jorge Cunha/AIFA)

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“Eles são parceiros fantásticos, e temos esta oportunidade de variar o mix de marcas dentro do time. Continuamos atendendo a outros pilotos com as X Rally Ranger de altíssima tecnologia e segurança construídas na nossa sede em São Paulo e agora começamos um novo capítulo trazendo as Toyota Hilux”, acrescentou.

No meio da equipe, há o entusiasmo natural por contar com um carro campeão do Dakar. As Toyota Hilux que agora fazem parte da X Rally foram construídas pela consagrada preparadora Overdrive na Bélgica e representam a marca no Mundial de Cross-Country da FIA.

“É também um carro fantástico e conseguimos a oportunidade de ter a versão mais atualizada da Hilux e que já foi testada exaustivamente pela Toyota, inclusive nas condições mais exigentes possíveis, como foi no Dakar. É uma opção também mais segura do que competir com um veículo que estaria em seu estágio inicial de desenvolvimento”, explicou Beco.

É possível dizer que o encaixe dos irmãos Baumgart com as novas Hilux foi perfeito logo de cara. Na primeira competição com o carro da marca japonesa, Cristian Baumgart venceu, ao lado de Andreotti, o Baja TT Capital dos Vinhos, competição que foi realizada em Portugal no fim do mês passado. Marcos e seu navegador, Kleber Cincea, terminaram a disputa na terceira posição. O rali teve pouco mais de 400 km de disputa ao longo de dois dias.

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MARCOS BAUMGART; KLEBER CINCEA; CRISTIAN BAUMGART; BECO ANDREOTTI; X RALLY;
Marcos Baumgart, Kleber Cincea, Cristian Baumgart e Beco Andreotti: a tripulação da X Rally em Portugal (Foto: Jorge Cunha/AIFA)

Foi uma prova absurdamente prazerosa, com uma mistura de terrenos muito interessante. Claro que a Toyota tem algumas diferenças em relação à Ranger que temos usado e também construído nos últimos anos, mas a adaptação foi bem tranquila. Viemos para ter aquele primeiro contato com o carro, mas depois das primeiras especiais a competitividade ficou ainda mais clara e então ficamos focados na luta pela vitória”, afirmou o piloto.

Marcos também fez uma análise comparativa entre o Ford Ranger preparado e desenvolvido pela X Rally e a nova Toyota Hilux.

“Fiquei surpreso com a qualidade e a competitividade da prova. A mistura de pisos era do jeito que gostamos, mas para fazer uma comparação entre a Toyota e a Ranger que usamos, elas são bem parecidas, mas com características diferentes em alta performance: os freios são iguais, e a Toyota pareceu ter mais equilíbrio de chassi, mas a Ranger também se mostra mais resistente em pisos de trial e locais mais travados”, comentou.

Andreotti deixou claro, contudo, que o desafio que está por vir no Sertões vai ser bem mais difícil.

“O balanço foi muito positivo. Agora vamos trabalhar junto à Overdrive na análise mais aprofundada dos dados coletivos e extrair o melhor do conjunto de olho em um acerto ideal para o Sertões. Foi um desempenho muito bom, contra duplas fortes, mas o Sertões é uma história completamente diferente. O trabalho só está começando”, concluiu.

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