Sertões volta ao Mundial para motos e quadris, mas ainda sem grandes estrelas do Dakar
Depois de sete anos, o Sertões vai voltar a fazer parte do calendário do Mundial de Cross-Country da FIM para motos e quadriciclos. No entanto, poucos grandes nomes do cenário internacional vão disputar a prova deste ano, sobretudo em razão da pandemia
O Sertões, principal competição do off-road nacional e o maior rali das Américas, volta, em 2021, a fazer parte do calendário do Mundial de Cross-Country da FIM (Federação Internacional de Motociclismo) para motos e quadriciclos. Entretanto, a grande nata das estrelas do Dakar ainda segue longe da prova no Brasil. Muito por conta da pandemia.
Ao todo, são 65 pilotos inscritos nas motos e somente 3 nos quadriciclos. E é curiosamente na competição com grid mais diminuto que estão as maiores estrelas internacionais do evento. O argentino Manuel Andújar, campeão do Dakar de 2021, na Arábia Saudita, vai disputar o Sertões ao lado do polonês Rafal Sonik, vencedor do Sertões de 2010 e do Dakar de 2015, e do maranhense Marcelo Medeiros, único participante da prova do ano passado.
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Na disputa das motos, sempre uma das mais aguardadas e importantes do Sertões, o maior nome estrangeiro entre os inscritos é o do francês Adrien Metgé, da Yamaha. O piloto não fez a prova em 2020 porque testou positivo para Covid-19 pouco antes da largada.
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As grandes estrelas da etapa do Mundial de Cross-Country das motos no Brasil são, além de Metgé, são o atual campeão, Ricardo Martins, também da Yamaha, e de Jean Azevedo, um dos maiores nomes da história do Sertões, novamente correndo pela Honda.
Aliás, a luta pelo título do Sertões já se desenha entre Honda e Yamaha. Do lado da Honda fazem parte nomes de peso: além de Jean, integram o time também Júlio ‘Bissinho’ Zavatti e Gregório Caselani, além de Thiago Veloso. No esquadrão da Yamaha, estão pilotos como Martins, Metgé e também Túlio Malta e Luciano Gomes.
Ainda sobre a Honda, a marca japonesa faz o Sertões 2021 em memória de uma das suas maiores estrelas: Tunico Maciel, que morreu na prova do ano passado depois de sofrer um grave acidente na última especial da disputa, é homenageado pelo Sertões que, neste ano, optou por não inscrever o #1. Assim, o atual campeão, Ricardo Martins — um dos pilotos que socorreu Tunico naquele momento dramático — vai levar o numeral #2.
Destaque também para a presença feminina, sobretudo por Moara Sacilotti, que vai para seu 22º Sertões na carreira. Laura Lopes, da Guiana Francesa, está de volta à prova depois de estrear no ano passado, enquanto Janaína Fagundes de Souza vai participar do Sertões pela classeSelf by Motul, onde os competidores correm sem o auxílio das equipes de apoio.
Em razão da pandemia, nomes como Matthias Walkner, Kevin e Luciano Benavides, Pablo Quintanilla, Toby Price e Sam Sunderland, por exemplo, vão ter de esperar pelo menos até 2022 para um Sertões que já se desenha como histórico: a 30ª edição da prova será, segundo a organização, disputada entre o Oiapoque e o Chuí, literalmente de Norte a Sul do Brasil.
A 29ª edição do maior rali das Américas já é conhecida por ser o Sertões 100% sertão, uma vez que o roteiro da prova será todo no Nordeste, com largada pela primeira vez no Rio Grande do Norte e passagens também por Paraíba, Piauí, Bahia, Alagoas, Ceará e Pernambuco, com chegada na Praia dos Carneiros, em Tamandaré.
O Sertões 2021 tem início nesta sexta-feira, 13 de agosto, com o prólogo, e será desenrolado ao longo de nove etapas, com 3.616 km de percurso total e 2.202 km de trecho cronometrado, as especiais do rali.
O Sertões 2021 terá cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
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