Campeão em 2007, Suzuki fala que Seletiva deu segurança para carreira na hora de começar nos monopostos

Rafael Suzuki conquistou o título da Seletiva em 2007, no kartódromo de Piracicaba, no interior de São Paulo

Rafael Suzuki é mais um exemplo de piloto que, graças ao título da Seletiva de Kart Petrobras, conseguiu saltar dos karts para os fórmulas. Quando foi campeão do torneio, em 2007, o paulista já estava começando a se aventurar nos monopostos, porém, ainda não tinha a grana necessária para levar essa carreira adiante. Esse dinheiro foi garantido com a vitória na final disputada em Piracicaba (SP).

“Você ver R$ 100 mil na tua conta de um dia para o outro dá uma segurança e ajuda no planejamento”, afirma o piloto.

Em Piracicaba, Suzuki marcou um total de 50 pontos, 12 a mais que o vice-campeão, o gaúcho César Ramos. Felipe Guimarães completou o pódio com 33 pontos. Uma vantagem confortável, dá para dizer. Mas isso não quer dizer que o kartista passou sem sustos pela final da Seletiva.

Suzuki comemora a vitória na edição de 2007 da Seletiva de Kart Petrobras (Foto: Fabio Oliveira)

Suzuki perdeu rendimento em uma das baterias eliminatórias e não conseguiu ficar entre os dois primeiros, garantindo, assim, a vaga direta para as duas baterias decisivas. Porém, como ele era o piloto que tinha a maior pontuação dentre os demais, continuou na briga – essa regra foi incluída em 2007 para reparar uma injustiça que havia acontecido justamente com Suzuki no ano anterior.

“Eu lembro que os meus maiores adversários eram o César Ramos e o Felipe Guimarães. Fui bem nas tomadas de tempo e consegui dar uma respirada. Só teve uma das corridas classificatórias em que meu kart perdeu rendimento. Só que, por eu ter mais pontos, não podia ser desclassificado”, conta.

Essa sobrevida deu uma motivação extra para Suzuki: “Na hora em que fui para a final, largando na pole, pensei: ‘Já era para eu estar fora, então vou ganhar esse negócio!’”

Suzuki faz a festa no pódio da Seletiva (Foto: Fabio Oliveira)

Com o prêmio assegurado, Suzuki saiu do ECPA direto para o aeroporto para pegar o avião para a Malásia, onde correria de F3 no fim de semana. A cabeça já estava bem mais tranquila, com a segurança dada pelo título da Seletiva.

“Acho que a Seletiva me ajudou bastante. Hoje eu tenho uma carreira profissional aqui na Europa. É aquele negócio: [o prêmio] pode não cobrir o orçamento da sua temporada, mas pode te dar a oportunidade de mostrar alguma coisa. O ‘start’ sempre é o mais difícil”, avalia.

A participação de Suzuki na Seletiva Petrobras não se resumiu a 2007. Ele disputou cinco finais e chegou a ser vice-campeão em 2005, perdendo para Guilherme de Conto. Quando, enfim, fez a festa, já tinha 19 anos.

“O prêmio em dinheiro é muito importante, mas o que é legal, que eu gostava, é que é uma condição igual para todo mundo. O título da Seletiva não era só o prêmio. O título de campeão da Seletiva não era só o prêmio. Era um negócio muito legal de se alcançar, e os karts eram muito mais justos. Como era tudo igual, você não mexia muito no kart, eu gostava muito por causa disso. Só ganhei uma vez, mas sempre era muito rápido. Gostava muito de poder ter essa condição igual”, completa Suzuki.

Em 2013, o paulista está competindo no GT Open e está disputando o título da categoria em parceria com o italiano Giorgio Pantano.

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