3° no Velopark, Maurício supera até mangueira enroscada em pescoço de mecânico por pódio: “Estratégia perfeita”

Ricardo Maurício voltou à RC Eurofarma para 2019 e, no último domingo (7), fez sua prova de reestreia pela equipe. Por largar em 17°, sabia que um resultado muito positivo era difícil - e uma série de problemas no pit-stop, incluindo uma mangueira enroscar no pescoço de um mecânico, parecia impedir isso. Mas não: ele foi 3°, subiu ao pódio e celebrou a estratégia da equipe

A volta de Ricardo Maurício à RC Eurofarma, durante os dois primeiros dias de trabalhos no Velopark, não pareceu que traria, de cara, um grande resultado. Ledo engano: mesmo com os problemas de chuva nos treinos livres e na classificação, ele conseguiu se recuperar com base na estratégia e foi ao pódio na abertura da Stock Car 2019, em terceiro.

Além de não ter conseguido treinar em pista seca, já que seu grupo de treinos, o 2, sempre pegou chuva, ele teve problemas durante a corrida: durante sua parada nos boxes, uma roda caiu e uma mangueira enroscou no pescoço de um mecânico. E, mesmo assim, ganhou 14 posições na pista, já que largou em 17°.

Ao GRANDE PRÊMIO, Maurício explicou o que ocorreu para que, ao final, somasse 22 pontos, quase metade do que conseguiu em todo o ano de 2018: 54.

Ricardo Maurício (Foto: Duda Bairros/Stock Car)

"Começou, na verdade, um pouco errado para a gente nos treinos, porque a gente andou só na chuva, meu grupo não teve, em nenhum momento, treino no seco. Na classificação ainda choveu mais no meu grupo e assim classifiquei muito mal. Daí hoje (domingo) cedo começou a esquentar, tivemos que usar pneu slick, e eu não tinha andado de slick ainda. Então foi isso, a gente fez um bom trabalho na estratégia", disse.

"Tivemos o probleminha no pit-stop, demorou muito, caiu uma roda, enroscou a mangueira da máquina no pescoço do mecânico, meu carro caiu no chão e perdi muito tempo. O importante é que mesmo largando em 17° fui terceiro e começamos bem o campeonato, com boa pontuação", seguiu o #90.

A RC Eurofarma foi uma das equipes que mais demorou para colocar seus pilotos nos boxes. Tanto Maurício como Daniel Serra – que acabou vencedor – seguraram o máximo que podiam na pista para tentar evitar que a troca por pneus de chuva ocorresse e a pista voltasse a ficar seca. A aposta foi certeira: "Uma parte da pista estava molhada, outra parte nem tanto."

Ricardo Maurício (Foto: Duda Bairros/Stock Car)

"Fui virando 1min04s, tempo que o pneu de chuva previa… Mas logo em seguida parou. Secou muito rápido. E aí foi a hora em que a gente entrou. E mudamos a estratégia, trocamos só dois pneus. O segredo foi manter o pneu para seco. Você ter essa perda no pit-stop de uns 10s é muito grande para recuperar na pista em condições iguais. A gente apostou no seco com mais da metade da corrida pela frente. A gente ia se debater um pouco no começo, mas depois ia deslanchar", continuou.

E, de fato, deslanchou: ele voltou no meio do grid, mas conseguiu avançar contra rivais de pneu para pista molhada: "Então a estratégia foi perfeita. No pit, para trocar de seco para chuva você demora quase 20s, e de seco para seco são só dois pneus obrigatórios, então via de 8s a 10s. Eu demorei mais uns 10s, mas aí eu me equalizei a quem trocou pelos de chuva. Voltei para a pista mais ou menos onde eu estava, poderia ter voltado mais à frente."

"Mas pelo erro voltei na mesma. Mas o pessoal começou a ficar e a gente começou a atropelar – mas com cautela, claro, porque o pessoal estava andando um piuco de lado com o pneu de chuva no seco", finalizou o bicampeão da categoria.

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