Átila avalia 2015 como “ano bem fora da curva” e prega trabalho para dar volta por cima na Stock Car

Depois de ter vivido sua melhor temporada na Stock Car e ter lutado pelo título até a etapa final de 2014, Átila Abreu tem de lidar com o outro lado da moeda. O sorocabano de 28 anos enfrenta seu ano mais difícil na categoria. Sua meta é conquistar o melhor resultado possível nas três provas que restam para retomar a fase vencedora em 2016

Átila Abreu tem um histórico vencedor na Stock Car. Desde o ano em que disputou sua primeira temporada completa na categoria, em 2008, já são seis vitórias, nove poles e 24 pódios. De 2010 para cá, sempre pela equipe americanense AMG, o sorocabano de 28 anos jamais deixou de vencer ao menos uma prova por temporada. Mas depois do seu melhor ano na Stock Car, quando lutou pelo título até o final e fechou 2014 como vice-campeão, Átila vive um campeonato em que dá quase tudo errado. Mas sem desistir de dar a volta por cima, o piloto prega muito trabalho para voltar a conquistar os resultados que o colocaram como um dos principais pilotos do grid.
 
O GRANDE PRÊMIO conversou com Átila durante o fim de semana da etapa de Tarumã da Stock Car. Até o momento, tem sido um fim de semana bem razoável ao piloto da AMG. Na manhã deste sábado, ele liderou o segundo treino livre e manteve a boa performance na classificação ao se posicionar em oitavo no grid.
 
Talvez, seja o começo de uma volta por cima. É o que Átila sonha em tornar realidade depois de reconhecer que 2015 nem de longe tem sido como o esperado.
Átila Abreu garantiu o oitavo lugar para a largada da Stock Car em Tarumã (Foto: Marcus Cicarello)
“Foi um ano bem fora da curva. Tanto que, em termos de resultados, tem sido meu pior nos últimos oito anos dentro da categoria. Sempre estive entre os dez do campeonato, mesmo no ano em que estreei na Stock Car, então tem sido um ano bem atípico, bem difícil. Mesmo em outros anos em que não fomos tão bem, a gente ao menos teve performance, e nesse ano, nem isso, exceto pela primeira corrida, quando a gente fez a pole, e essa última de Curitiba. Ficamos muito aquém”, comentou.
 
Curitiba é o grande exemplo de que 2015 não tem sido dos anos mais fáceis para Átila. O piloto liderava a prova quando enfrentou um problema no acionamento do seu sistema de luz de freio. Abreu foi punido e acabou perdendo uma vitória que parecia certa. Seguramente, algo que o interiorano ainda não digeriu.
 
“Curitiba foi muito frustrante. Tínhamos um carro competitivo, lideramos até o momento da punição… Com certeza, seria uma corrida que eu venceria, porque até aquele momento estava administrando o ritmo justamente para atacar depois do pit-stop. Já dei minha opinião, fica a frustração por perder a vitória, mas já passou”, explicou, não sem antes deixar claro que se sente injustiçado. “Só peço para que as regras sejam iguais para todo mundo e, se você não se encaixar nela, aí sim é merecida a punição. O ruim é quando um sofre e outro não sofre, é ruim para o esporte como um todo.”
 
Mas Átila entende que a fase difícil não se explica apenas com o que houve na última etapa. “Várias coisas aconteceram no meio do caminho. Mas faz parte. Se fosse uma ciência exata, seria fácil, mas a gente nunca desistiu, estamos trabalhando na evolução. É importante encontrar um rumo na equipe para a gente volte a andar lá na frente. Analisando os fatos, vejo que um problema puxa o outro. Na pré-temporada, começamos a testar novas coisas, o pneu desse ano mudou, e aí a gente começou a se perder nessas questões… tivemos problemas de freios, tanto que em Curitiba só não fui mais rápido por conta disso. Então o problema ainda tá lá, por isso temos de trabalhar bastante. É buscar evolução e lutar por bons resultados.”
Átila sonha em dar a voltar por cima e voltar a triunfar na Stock Car (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar)
“O fato é que a gente se perdeu quando começamos a testar coisas diferentes e não conseguimos voltar para onde estávamos. Foi o que mais judiou, além da mudança de pneu. A gente veio sofrendo muito, e acho que foi isso que nos prejudicou e acabou nos fazendo perder em termos de performance”, complementou.
 
Depois de se apresentar em Tarumã de forma competitiva até o momento, Átila só torce para terminar bem o fim de semana e fechar 2015 com bons motivos para sorrir. “Estou bem animado, quero voltar a andar na frente e, se for possível, beliscar a vitória que escapou em Curitiba. Estou bem confiante em um bom resultado e quero fechar o ano em ascensão, com bons resultados. Acho importante dar essa volta por cima.”
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