Cacá fala em “indignação, frustração e tristeza”. CBA diz que não puniria piloto por “bando de imbecis”

O resultado da punição que tirou Cacá Bueno da etapa de Curitiba é visto claramente no semblante: abatido e triste, o piloto ainda está indignado pela ação da CBA e do STJD. A confederação, por sua vez, diz que não tem ação na história e, por meio do presidente Clayton Pinteiro, afirma que não teria penalizado o piloto

A volta à Stock Car trouxe um Cacá Bueno levemente diferente. Longe dos holofotes, o pentacampeão da categoria ainda se ressente da punição que o tirou da etapa de Curitiba e das causas e consequências diretas. É um piloto, em sua própria definição, indignado, frustrado e triste. Que ainda não aceita que a conversa particular via rádio — em que chamou os comissários da CBA de um "bando de imbecis" depois da confusão no fim da corrida de Ribeirão Preto — seja considerada pública e válida para um julgamento, tampouco a reação dos colegas de categoria, da Vicar e, claro, da CBA.

Ao GRANDE PRÊMIO, no motorhome da Red Bull no autódromo de Goiânia, Cacá falou longamente sobre o assunto. Abatido, disse que o sentimento é "terrível" e que há uma inversão de pesos e valores.  "Eu tenho quase 20 anos de Stock Car e não conheço nenhuma batalha que se trave com algo que a confederação apoie que a gente saia vencedor.  Eu não digo que eu seja mais importante que ninguém aqui – não sou –, mas quando eu falo de tanta coisa que me incomoda é porque eu gosto disso aqui e não consigo ficar quieto quando sinto que o caminho é errado. Meu sentimento é de indignação, de frustração e de tristeza", declarou Bueno, "acuado e ameaçado".

O GRANDE PRÊMIO também ouviu Cleyton Pinteiro, presidente da CBA. Acompanhado de Waldner 'Dadai' Bernardo — presidente da Federação Pernambucana de Automobilismo e da Comissão Nacional de Velocidade —, o comandante isenta sua confederação de envolvimento no caso e diz que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que foi responsável pela punição ao piloto. 

Questionado, então, se penalizaria Cacá, Pinteiro respondeu que não. "Na verdade, eu ia procurar conversar com ele. Até porque eu não gostei de início, pareceu que ele estava até xingando a mim. Eu iria conversar com ele e tenho certeza de que ele iria refletir sobre isso e falar: 'Desculpa aí, foi o momento.' Eu entenderia, até porque já fui piloto. Eu sei o que é você estar dentro de um carro e se sentir injustiçado", declarou o dirigente, que se emocionou na entrevista.

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Para Cacá, não há dissociação entre CBA e STJD. O filho de Galvão Bueno chegou a rir quando soube da resposta de Pinteiro e citou as ligações entre os dois órgãos.  "Não acredito. Simples assim. Não o acuso, mas tenho o direito de não acreditar", falou. "Não estou atacando ninguém, mas o [Felipe] Zeraik, [advogado da CBA] é dono do escritório que presta serviços à confederação e a procuradora que fez minha denúncia já foi funcionária dele. A promotora que oferece o caso tem uma função na FIA e ela e o Zeraik viajaram juntos, têm contato, se falam… eles têm uma ligação."

Para Cacá, uma ação conjunta de CBA e STJD para puni-lo não é ilegal, "mas pelo menos é antiético".

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