Camilo preciso e Serra sortudo dão o tom em classificação mexida por forte calor e cortes de caminho em Londrina

Thiago Camilo e Daniel Serra refletiram no forte calor londrinense o embate que travam pelo título na Stock Car. Serrinha veio com a sorte de campeão depois de escapar da ‘degola’ duas vezes na classificação, mas não pode com a grande performance do #21. A mudança da temperatura do asfalto tornou a sessão uma loteria, enquanto o ‘libera geral’ na saída da curva 2 foi o ponto negativo desta tarde

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A definição do grid de largada da etapa de Londrina da Stock Car colocou lado a lado dos dois líderes do campeonato e maiores candidatos ao título da temporada 2017. De um lado, Thiago Camilo, preciso e praticamente perfeito em sua volta rápida para conquistar uma pole até então improvável, dado o domínio dos carros da RC/Eurofarma nos treinos livres. Do outro, um Daniel Serra que contou com aquilo que se chama de sorte de campeão: a brusca mudança de temperatura deixou a pista mais rápida no segundo grupo do Q1 e quase deixou o #29 de fora da segunda parte da classificação. No Q2, nova batalha, e o sexto e último lugar para a fase final veio por um mísero 0s001 de frente para Diego Nunes

 
No Q3, Serra fez grande volta. Mas nem ele contava com a grande forma de Camilo, que garantiu sua segunda pole-position no ano, a 16ª da temporada.
 
O forte calor vem determinando os rumos dos trabalhos dos 30 pilotos do grid desde a última sexta-feira. Vem sendo uma jornada de muito desgaste físico e de equipamento. Dentro do cockpit, a temperatura de alguns carros passou dos 60ºC, uma fornalha. O asfalto chegou a registrar 52ºC na classificação deste sábado, mas caiu quase cinco graus entre um grupo e outro no Q1, e assim também foi no fim do Q3, o que atrapalhou as pretensões de pilotos como Rubens Barrichello — dono do melhor tempo das duas primeiras partes da sessão.
Thiago Camilo festeja a pole-position em Londrina (Foto: Carsten Horst/Hyset)
Para Camilo, foi um sábado e tanto. “A gente chegou a Londrina numa posição crítica de pneus, poupamos os compostos e sabíamos que as posições nos treinos livres não correspondiam ao que o carro poderia render na classificação, mas tivemos vários problemas durante o fim de semana que faziam da pole position uma possibilidade remota. A equipe fez um trabalho fantástico”, explicou o pole-position e vice-líder do campeonato.
 
Thiago fez um agradecimento especial ao companheiro de equipe, Galid Osman. O também paulista, dono do carro #28, ajudou Camilo e aceitou inverter o motor, já que o propulsor de Thiago vinha com déficit de potência nas retas. O pole destacou o trabalho da Ipiranga/A.Mattheis e, particularmente, dedicou a pole ao colega. 
 
“Devo muito aos mecânicos da equipe. Ontem à noite decidimos inverter os motores dos carros porque perdia um pouco de força nas retas. O Galid também colaborou para essa conquista. Estou disputando o campeonato com o Daniel, então foi bom tirar essa pole dele”, destacou.
Daniel Serra saiu no lucro após quase ter sido eliminado duas vezes na classificação (Foto: Duda Bairros/Vicar)
Na visão de Serra, largar da primeira fila foi de um lucro tão grande que a perda da pole foi apenas um mero detalhe depois tanto sufoco nesta tarde. “Para quem passou para o Q2 e o Q3 no limite, sair em segundo é excelente. A corrida vai ser dura e está muito quente, então o desgaste de pneus vai ser muito alto. Vamos conversar para verificar o consumo e decidir se trocamos ou não os pneus na parada obrigatória”, afirmou o líder da temporada.
 
Apesar do grande momento e da primeira fila, Camilo e Serrinha não devem ter vida fácil neste domingo. Não apenas por conta das questões climáticas e de pneus já abordadas, mas pelos adversários que vão estar logo atrás. Felipe Fraga, em franca ascensão com duas vitórias em etapas consecutivas, e Barrichello, que costuma andar bem em Londrina, certamente vão dificultar os trabalhos para os ponteiros do campeonato. O Autódromo Internacional Ayrton Senna é dessas pistas com poucos pontos de ultrapassagem, mas não é mero clichê dizer que tudo pode acontecer.
 
Vale destacar também o bom trabalho feito pelo piloto da casa, Valdeno Brito, que garantiu um bom quinto lugar no grid, à frente de Marquinhos Gomes. Diego Nunes, que ficou só 0s001 do Q3, foi outro piloto que fez bom trabalho, assim como Rafael Suzuki, que já vem andando bem há algumas etapas, mostrando o franco crescimento da Cavaleiro.
Diego Nunes foi um dos destaques da classificação em Londrina (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar)
 
‘Libera geral’ é ponto negativo da classificação
 
A queda brusca de temperatura proporcionou resultados surpreendentes no Q1: Átila Abreu, Ricardo Zonta e Ricardo Maurício, três pilotos que certamente tinham boas chances de avançar ao Q3, foram eliminados da sessão logo no começo. 
 
Mas não dá para atribuir a eliminação apenas ao clima. Ocorre que muitos competidores, mostrados até pela transmissão do treino, cortaram caminho na chicane postada na saída da curva 2, passando com as quatro rodas pelo trecho e levantando muita sujeira na pista. E isso foi determinante, de fato, para uma mexida significativa em termos de tempo, já que houve um ganho significativo, de até 0s4 no tempo de volta na comparação entre o Q1 — com a pista mais quente e mais suja — na comparação com o segundo treino livre. Ou seja, um cenário completamente irreal.
Átila Abreu foi um dos prejudicados pelos cortes de caminho no Q1 (Foto: José Mário Dias/Shell Racing)
A grande questão foi que, apesar da clareza das imagens, não houve sequer uma investigação a respeito por parte dos comissários. Um verdadeiro ‘libera geral’, que acabou sendo solenemente ignorado, deixando muitos pilotos indignados.
 
“Sem dúvida, a pista mudou muito para o segundo grupo, e teve pilotos que nunca se classificaram à frente entre os 15 e também cortaram caminho”, disparou Ricardo Zonta, que ficou perto de ir ao Q2 e vai largar em 16º. “Isso é uma falta de respeito entre os competidores, o que não é leal. Sempre é preciso respeitar o limite da pista. Não adianta cortar caminho e ir na terra para tentar errar. É preciso ser justo com aqueles pilotos que não cortaram caminho e seguiram na pista”, comentou o piloto da Shell Racing/TMG.
 

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Átila, que fez um ótimo segundo treino e ficou em segundo lugar pela manhã, também se mostrou muito frustrado com a situação. “Percebemos que um monte de carros começou a cortar a chicane na terra, ganhando três ou quatro décimos, e a direção de prova se eximiu”, lamentou o sorocabano, que vai ter de fazer uma corrida de recuperação e vai largar em 21º. 

 
Terceiro lugar no campeonato, o piloto entende que não foi competitivo o bastante. “Nosso carro pecou um pouquinho no acerto, poderíamos ter sido um pouco mais ousados, sabendo das condições da pista. É complicado largar atrás, mas vamos lá. Corridas são corridas, vamos tentar dar a volta por cima”, completou.
 
Cientes do melhor desempenho em ritmo de corrida, Átila, Zonta e Maurício tendem a focar os esforços na segunda corrida da etapa. Tudo para somar pontos preciosos nesta reta final de temporada.

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