Dez anos depois, Cacá relembra “divisor de águas da carreira”: o primeiro título e o fim da sina de vice

Há exatos dez anos, em 10 de dezembro de 2006, Cacá Bueno cruzava a 12ª etapa da temporada em oitavo lugar, resultado que confirmou a conquista do primeiro dos seus cinco títulos na Stock Car. Daí em diante, o carioca, hoje com 40 anos, se tornou o piloto mais vitorioso da sua geração no automobilismo nacional

 

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A manhã daquele 10 de dezembro de 2006 foi histórica para Cacá Bueno e para o automobilismo brasileiro como um todo. Interlagos via a coroação de um novo campeão da Stock Car. Um campeão que lutava para quebrar um incômodo rótulo depois de ter ficado marcado por três vice-campeonatos seguidos. Em seu primeiro ano correndo pela Eurofarma/RC, time chefiado por Rosinei Campos, o ‘Meinha’, Cacá, já patrocinado pela Red Bull, chegou ao Olimpo do automobilismo brasileiro depois de terminar em oitavo lugar na corrida vencida pelo lendário Ingo Hoffmann diante de uma multidão nas arquibancadas. 

 
Galvão Bueno, icônico narrador e pai de Cacá, estava acompanhando tudo bem de perto, com os integrantes da RC e os amigos do filho piloto. Na cabine da Rede Globo em Interlagos, Luiz Roberto narrava a conquista do carioca, então com 30 anos. Depois de ter sido saudado pela equipe, Cacá comemorou com seu companheiro de equipe e vice-campeão daquele 2006, o campineiro Antônio Jorge Neto, de quem Bueno tem as melhores lembranças. 
 
Depois, recebeu os cumprimentos daquele que fora seu maior adversário nos dois anos anteriores: Giuliano Losacco, o mais jovem campeão da história da Stock Car — com 27 anos, oito meses e 15 dias —, recorde que pode ser quebrado por Felipe Fraga neste domingo. Cacá chegou ao título com 257 pontos, seis a menos em relação a Jorge Neto. Hoover Orsi foi o terceiro, com 248.
 
Ao chegar ao pit-lane para o começo da festa do título, com Galvão no meio da galera, Cacá não escondeu o alívio ao tirar o peso de uma tonelada das costas e finalmente comemorar a conquista. Não sem antes esbravejar contra aquele que foi seu grande adversário naquele ano, bem ao seu estilo. 

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Cacá reverencia o lendário Ingo Hoffmann no ano que marcou a conquista do seu título (Foto: Duda Bairros/Vicar)
“[O título] representa muita força, muita garra, muita força de vontade. Tem gente que reclama do meu jeito de ser… eu posso ter perdido o campeonato por ser agressivo e ir pra cima, mas tenho certeza que disputei todos eles por isso. Queria agradecer a todo mundo que me deu apoio, mas principalmente aqueles que tentaram passar a perna e aqueles que não deram apoio, e isso me deu a força para ir e ganhar. Jamais joguei na defesa pra ganhar com um empate. É isso o que o público quer ver, ultrapassagem, ir pra cima… O Hoover… tomei uma penalização, mais uma… eu já estava por dentro, ele me jogou na grama uma vez, voltei para o asfalto, ele veio para cima de novo. 45 vezes que ele fizer isso, 45 vezes vou deixar o carro ali. Isso não está errado, é preciso aprender a jogar e a ser ultrapassado. Fomos campeões e vice, então, pra quem costuma vaiar, me desculpe: ganhamos tudo”, desabafava Cacá à época, em entrevista ao repórter Clayton Conservani.
 
Cacá ganhou as quatro primeiras corridas daquela temporada. O carioca despontava como o grande favorito ao título. Naquela época, os dez melhores colocados após as oito primeiras etapas avançavam ao playoff decisivo. Nesta fase, Bueno acabou sofrendo uma punição que colocou em risco o seu título. Mas graças ao oitavo lugar alcançado naquela corrida em que Orsi não pontuou, Cacá finalmente soltou o grito de campeão. Depois de ter sido terceiro colocado em 2002 e vice em 2003, 2004 e 2005, era enfim chegada a hora de levantar a taça.
 
No fim de semana que marca os dez anos da conquista do seu primeiro título, Cacá falou com o GRANDE PRÊMIO nos boxes da Red Bull, que faz sua despedida da Stock Car como equipe neste domingo. Bueno, em princípio, não se lembrava que este sábado marca uma glória tão importante na sua carreira, mas não levou muito tempo para falar sobre as grandes recordações daquela manhã de domingo — e de um ano que representou uma virada em sua carreira.
 
“É amanhã? Exatamente amanhã o dia? Não lembrava disso não, estou ficando velho [risos]. Cara, marca muito, é uma data muito especial. Dez anos… um título que foi muito duro, vinha de três vice-campeonatos seguidos, um deles ficando só por um ponto, um campeonato bem tumultuado, que depois virou manchete por problemas com os comissários, e depois veio aquele título”, destacou o piloto mais vencedor da atualidade na Stock Car.
Cacá Bueno e Antonio Jorge Neto, parceiros da RC/Eurofarma entre 2006 e 2008 (Foto: Divulgação)

Antonio Jorge Neto: "Ele era sensacional"
 

“Um título em que a gente foi super bem, ganhei quatro das cinco primeiras corridas, fomos muito contundentes naquele ano, numa parceria sensacional com o Antonio Jorge Neto. Um cara que, infelizmente, tenho pouco contato hoje, mas, sem dúvida nenhuma, aqueles dois títulos seguidos, com um deles sendo campeão e vice, teve o Neto como fundamental. Era um grande acertador de carros, fazia as corridas muito bem, um companheiro de equipe sensacional”, exaltou Cacá, destacando a parceria com o campineiro. A união durou até 2008. A partir do ano seguinte, o carioca se transferiu para a Red Bull. Neto chegou a disputar provas em 2011 e 2014, mas sua última temporada completa foi em 2008.
 
Cacá ressalta que tudo mudou — pra melhor — na sua carreira depois daquele fim de 2006. “Foi um ano especial, sem dúvida nenhuma. Foi uma grande virada na minha carreira: vinha de um estigma de vice, com uma pressão enorme nas costas, e foi uma sensação muito mais de alívio do que de felicidade. Fiquei muito mais com a sensação de dever cumprido do que de felicidade.”
 
“Os títulos seguintes vieram em uma outra fase, mas aquele foi diferente. Fiz os campeonatos de 2002, de 2005, muito rápido, mas não ganhei os campeonatos. Se essas temporadas fossem depois de 2006, provavelmente teria sido campeão, porque me trouxe alívio, encarei os campeonatos de maneira diferente, então passei a ganhar menos corridas, porém mais títulos. Passei a ser mais eficiente, mais regular, mais consciente depois de 2006, então foi marcante na minha carreira”, comentou.

'Meinha': "Foi muita responsabilidade ter Cacá na equipe"

 
O GRANDE PRÊMIO também falou com o chefe de Cacá à época do título. Rosinei ainda viu Bueno ser campeão por sua equipe em 2007. Começava nos boxes da RC uma trajetória de títulos até hoje insuperável por pilotos em atividade no concorrido grid da Stock Car.
 
“Lembro que o Cacá vinha batendo na trave nas outras equipes, e logo no primeiro ano aqui com a gente, contratado pela Eurofarma, ele já conseguiu o título. Foi motivo de muita alegria para nós, realizando um excelente trabalho durante o ano e culminando com o título. O título brasileiro é sempre muito, muito importante, fica para a história, fica para o currículo, é um dia muito especial”, recordou ‘Meinha’, único na história ao estar em todas as corrids da Stock Car como preparador, não sem antes destacar as qualidades do carioca.
Cacá Bueno se livrou do estigma de vice naquela temporada de 2006 com a RC (Foto: Divulgação)
“O Cacá é um piloto muito competente, muito rápido, inteligente, sabe administrar situações. Ele vinha com muita gana de ganhar aquele primeiro título, o primeiro é sempre muito especial. Foi muita responsabilidade, afinal sabia que tê-lo como piloto era uma responsabilidade muito grande, precisava dar resultado. Mas graças a Deus, a competência dele ao lado da equipe, com a Eurofarma investindo, tudo acabou tornando muito prazerosa a conquista daquele campeonato”, concluiu.
 
Para Cacá, a conquista daquele 2006, aos 30 anos, representou o alcance da sua maturidade como piloto. Uma maturidade que foi conquistada com o apoio fundamental da equipe que o ajudou a deixar para trás o estigma de vice e o colocou na rota dos títulos.
 
“A maturidade veio com a paz e a tranquilidade que a RC me deu. Desde o patrocinador, do Maurizio Billi, até o Jorge Neto, o Meinha… entrei com o time já formado, então aquela maturidade e a tranquilidade deles, além da confiança no meu trabalho, tudo aquilo acabou representando um divisor de águas na minha carreira, sem dúvida nenhuma”, concluiu.
 
A partir daquela temporada, Cacá foi campeão outras quatro vezes: além de 2007, também com a RC, Bueno chegou ao título em 2009, 2011 e 2012, com a Red Bull, por onde alcançou o vice-campeonato no ano passado. Ao todo, o carioca conquistou 35 vitórias em 203 corridas disputadas, média de uma vitória a cada seis corridas. 
 
Cacá, muito mais que o filho do lendário Galvão Bueno, se notabilizava como um dos melhores pilotos da sua geração no automobilismo nacional. Uma consagração iniciada naquele 10 de dezembro de 2006.
 
O GRANDE PRÊMIO acompanha ‘in loco’ a grande final da Stock Car com grande equipe: os jornalistas Fernando Silva, Gabriel Curty, Nathália de Vivo, Pedro Henrique Marum, Vitor Fazio e o repórter fotográfico Rodrigo Berton.
 
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