Em 12ª edição, Corrida do Milhão vê briga por recorde com arquibancadas vazias

Thiago Camilo tem três vitórias e pode ampliar a marca, mas Rubens Barrichello e Ricardo Maurício têm chance de igualá-lo. A Corrida do Milhão não vai ter público, mas tem história no passado e na pista

Nesta sexta-feira (21), Interlagos já ouve o ronco dos motores dos novos Toyota Corolla e Chevrolet Cruze com os treinos livres para a rodada dupla do final de semana de Stock Car. No sábado, a categoria disputa a segunda etapa de 2020, enquanto, no domingo, acontece a Corrida do Milhão.

Criada em 2008, a mais famosa prova do automobilismo nacional vai ver nesta temporada algo triste e de enorme contraste, não só com o ano de seu nascimento, mas em especial com 2018: graças à pandemia da Covid-19, as arquibancadas vão estar vazias.

Mas por que o contraste? Porque se a Stock Car não consegue lotar todos os autódromos pelos quais passa, na disputa milionária isso costuma ocorrer. Só lembrar que, em 2008, quando Valdeno Brito levou o prêmio, o saudoso palco de Jacarepaguá estava lotado. E há dois anos, Goiânia colocou o pódio no meio do público, para uma festa sob calor humano impossível de ser vista na atualidade.

Rubens Barrichello é amassado pelo público indo ao pódio após vencer em 2018 (Foto: Duda Bairros/Vicar)

Quem vencer em Interlagos, desta vez, vai ter uma comemoração mais discreta. E não vai ficar com o dinheiro – afinal, desde o prêmio em dólares de 2008, o mundo mudou e, em 2020, a Stock Car terá uma Corrida do Milhão Solidário com o prêmio doado a entidades.

Mas, na pista, poderemos ver recordes. Uma das brigas que vale a pena acompanhar é a de Thiago Camilo: com três vitórias (2011, 2012 e 2015), é o dono de mais triunfos na prova. E, claro, pode conduzir o #21 da Ipiranga ao tetra. Mas, por outro lado, pode ver a marca ser igualada por dois adversários.

Rubens Barrichello levou a vitória em 2014 e em 2018, enquanto o atual vencedor, Ricardo Maurício, ficou com o topo do pódio também há exatos 10 anos. Se um deles for o primeiro colocado, empata com Camilo.

Tal dupla também pode ser igualada, porém: outros dois vencedores de Milhão tentam o bi esse ano. São eles Ricardo Zonta, que levou em 2013, e Daniel Serra, 2017. Apenas dois pilotos que já levaram a prova não competem esse ano: Valdeno Brito e Felipe Fraga, hoje fora da Stock Car.

Troféu da Corrida do Milhão (Foto: Duda Bairros/Vicar)

Entre as equipes, há também uma briga pela maior marca de triunfos: a Full Time, de Barrichello, tem quatro vitórias, mesma marca da RC Eurofarma, de Maurício.

Já falando de poles, o recorde está em outras mãos: nas de Marcos Gomes, hoje na Cavaleiro. O filho de Paulo Gomes tem três. Cacá Bueno, Barrichello e Daniel Serra têm duas e podem igualá-lo.

Interlagos, o palco, receberá a disputa pela sétima vez: o circuito paulistano já viu duas vitórias de Maurício, duas de Camilo, Fraga e Zonta triunfarem por lá.

O Milhão não costuma viajar muito, porém: além da estreia em Jacarepaguá, apenas Goiânia, por três vezes, e Curitiba, uma só, viram a prova ser disputada em seus asfaltos.

Corrida do Milhão de 2017, em Curitiba (Foto: Duda Bairros/Vicar)

Pelo quarto ano seguido a prova terá 40 minutos de duração – a versão mais curta. Em 2008, 2010 e 2011, o Milhão tinha carros na pista por 65 minutos. Entre 2012 e 2016, por 50. Agora, a duração é a mesma das provas tradicionais.

E, neste final de semana, a disputa está marcada para 10h de domingo (23). Antes, às 8h15, a briga pela pole começa. O sábado ainda vê etapa separada, com corrida às 11h.

GRANDE PRÊMIO faz cobertura completa das duas etapas da Stock Car em Interlagos, começando com os treinos livres desta sexta-feira.

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