Em ano “abençoado” na Stock Car, Gomes celebra carro que deixa “tudo mais fácil” e crê em sorte de campeão

Marcos Gomes se disse em um ano “abençoado” na Stock Car em 2015. O piloto da Voxx, que lidera a tabela de classificação e que está muito perto do primeiro título na categoria nacional, vem uma temporada forte, de três vitórias e cinco poles

Marcos Gomes vem um ano “abençoado” e também avassalador na Stock Car em 2015. O tímido piloto de 31 anos vive um campeonato marcado pela extrema regularidade. Nas 18 provas disputadas até agora — duas provas simples e oito rodadas duplas —, Gomes abandonou apenas duas etapas, pontuou em todas as demais corridas que completou, venceu em três oportunidades e foi pole cinco vezes. O desempenho, claro, o colocou em vantagem no campeonato. E deu tranquilidade na busca pelo primeiro título na categoria que já consagrou seu pai, Paulão Gomes. 
 
Marquinhos, que é dono de uma personalidade calma e quieta, entende que o segredo do sucesso está no seu amadurecimento e também na escolha da equipe. Para o competidor, a boa temporada que protagoniza neste ano começou ainda em 2014, quando decidiu trocar o time de Carlos Alves pela Voxx.
Marcos Gomes está focado em manter a liderança da temporada (Foto: Rafael Gagliano/Hyset/RF1)
Falando ao GRANDE PRÊMIO com exclusividade, o paulista avaliou a performance em 2015 e celebrou o bom entrosamento com a esquadra chefiada por William Lube. “Esse meu ano começou, na verdade, em novembro do ano passado, quando eu assinei contrato com a equipe Voxx. Eu sabia que era um grande time, com um potencial enorme, mas claro que não imaginava que fosse ser tanto assim. Na verdade, nem eu e nem a equipe sabíamos de todo o real potencial de ambos. O que aconteceu é que, desde a primeira etapa, acabou dando tudo certo”, explicou.
 
“Na primeira corrida, nós largamos em segundo e chegamos em segundo. Depois, viemos melhorando o nosso entrosamento. E, para falar a verdade, já era para a gente ter vencido no começo do ano, mas sempre acontecia alguma coisinha de errado, como pit-stop. Mas aí conseguimos vencer a primeira em Santa Cruz. A partir disso, nós ficamos mais relaxados. E ali a gente ganhou bastante confiança”, completou o piloto. 
 
E essa confiança tem sido também um fator fundamental para a manutenção da liderança. Até os rivais já perceberam. No fim de semana em Curitiba, depois de perder a pole para Gomes, Cacá reconheceu que está difícil tirar o foco do adversário. “O menino está endiabrado, em um momento espetacular, confiante”, destacou o pentacampeão.
 
Ao ser perguntado sobre a atual fase, Marcos disse que o segredo é apenas ter um bom carro. “Acho que, quando você tem um bom carro, as coisas são mais fáceis. E isso tira um pouco de pressão. Quer dizer, você sabe que se fizer uma volta Ok, não precisa ser a melhor volta do mundo, você, ainda assim, vai estar ali entre os cinco primeiros. E, com isso, eu vim reconquistando uma confiança desde a metade do ano, uma confiança que eu tinha perdido um pouco no ano passado”, admitiu ao GP.
 
“A gente vem em um ano abençoado. O está muito bom, eu estou guiando muito bem. Cabeça boa, confiante. Tomara que esse seja o nosso ano e que a gente consiga o tão sonhado título aí. Para mim e para a equipe também”, acrescentou. 
Ao lado do pai Paulão, Marquinhos comemora mais uma pole na temporada (Foto: Carsten Horst/Hyset/RF1)
Título sem pressão
 
Erguer a taça de campeão da Stock Car é um sonho, disse Gomes. “É um sonho que carrego desde 2006 quando eu entrei na Stock Light. Em 2008, eu cheguei bem perto, eu perdi o campeonato por dois pontos. Ali eu tive a chance de vencer, mas acabou não dando certo. Depois daquilo, eu tive mudar de equipe e tudo foi cheio de altos e baixos. Não consegui disputar realmente um título, mas neste ano a gente tem tudo para lutar por esse título. Acho que estamos em ótimo caminho. A equipe e eu precisamos muito desse título”, afirmou.
 
Mas esse sonho não sofre com a pressão por ser filho de um dos ícones da categoria nacional, Paulo Gomes, dono de quatro títulos da Stock. “Agora eu já não sinto mais essa pressão de ser filho do Paulão. Eu senti, sim, no começo da minha carreira, talvez na Stock Light, na primeira temporada de Stock, mas eu convivo com isso desde o kart. Mas hoje, para ser honesto, não sinto nada de pressão por ser filho do meu pai. E isso só me ajuda aí em outros fatores extra pista”, revelou Marquinhos. 
 
Gomes vai para as três corridas finais da temporada com 36 pontos de vantagem para Cacá Bueno, o vice-líder. Na rodada de Curitiba, deste fim de semana, Marcos foi da frustração do abandono na primeira corrida ao alívio do quatro lugar na prova 2, contando ainda uma dose de azar do principal rival, que foi apenas 13º na etapa inicial e que sequer completou a segunda. Questionado se a rodada paranaense deixou transparecer a sorte de campeão, Gomes respondeu: “Tomara que sim.”
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