F1 acabou na antepenúltima etapa. Na Stock Car, porém, emoção deve aumentar

Se a mais famosa categoria do mundo acabou com duas etapas de antecipação, a Stock Car chega ao mesmo momento completamente indefinida - e com chance quase nula de que isso seja alterado

No último final de semana, a Fórmula 1 viu a consagração de Lewis Hamilton como hexacampeão mundial na antepenúltima etapa do campeonato – algo já cantado há muito tempo em uma temporada que teve, sim, boas corridas, mas cuja disputa pelo principal, o título, foi quase nula.

No próximo final de semana, é a vez da Stock Car ter sua antepenúltima etapa – e, ao contrário da F1, a categoria brasileira chega a esta altura do campeonato sem ter ideia de quem será o campeão. A situação dos sonhos.

Para um campeonato que sofre com críticas sobre corridas 2 valendo quase tantos pontos quanto a principal, é importante ter este argumento de que a briga pela taça vai até o final, pois justifica as escolhas polêmicas no regulamento. Afinal, a Stock Car precisa que todas suas corridas sejam relevantes para se manter exatamente assim, importante.

A tendência é que o regulamento seja mantido para 2020, de acordo com Carlos Col, diretor da Vicar, que organiza a categoria. Então, o argumento de que seis pilotos chegam a novembro com chances de título corrobora a ideia. Vitória da Stock Car.

Felipe Fraga puxa a fila (Foto: Bruno Terena/RF1)
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Mas qual a situação dos postulantes ao título no Velo Città, palco da rodada dupla do próximo domingo (10)? A tendência é de equilíbrio. A pista em Mogi Guaçu já recebeu uma etapa nesta temporada (substitui, agora, Curitiba) e, lá, cinco dos seis candidatos andaram no top-5, sendo que quatro foram ao pódio em uma das corridas.

Curiosamente, o único a fugir deste padrão é exatamente o sexto colocado na classificação: Julio Campos. Ele começou a entrar na briga na etapa seguinte, em Goiânia, mas no Velo Città foi mal: nono e 19°. Campos não só é o sexto, agora, como ainda vem de queda de posição, já que foi ultrapassado por Felipe Fraga em Cascavel.

Os outros cinco, começando por Fraga, se encaixam em tal padrão citado: o piloto da Cimed foi quinto em ambas as corridas no interior de São Paulo no começo do ano. Rubens Barrichello, quarto na classificação, venceu a corrida 2; Thiago Camilo, terceiro, venceu a primeira; e os líderes Daniel Serra e Ricardo Maurício também foram ao pódio, com um segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Aliás, importante pontuar: alguém imaginaria Valtteri Bottas empatado com Hamilton a essa altura do campeonato na F1? Pois na Stock Car companheiros de equipe brigam, sim, pelo título entre si: Serra e Maurício, da RC Eurofarma, dividem o topo com 265 pontos.

Ricardo Maurício e Daniel Serra (Foto: Divulgação)

Com todos os carros favoritos se encaixando na difícil pista do Velo Città, e disputas emocionantes em termos de pontuação, é impossível que a Stock Car não termine o próximo domingo com a ansiedade forte para Goiânia, a penúltima etapa, duas semanas depois. Para uma categoria que sofre com exposição ao público, é o primeiro passo ideal.

A Stock Car volta com o último dos finais de semana 'enxutos' (treinos livres e classificação no mesmo dia) no próximo sábado, no Velo Città. O GRANDE PRÊMIO cobre a etapa in loco com os repórteres Felipe Noronha e Pedro Henrique Marum. Acompanhe tudo aqui

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