TMG/Shell Racing festeja novo pódio com Átila e fica a apenas 0s010 de top-3 com Zonta em Curvelo na Stock Car

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O fim de semana da etapa de Curvelo, a sexta da temporada 2017 da Stock Car, foi bastante positivo para a TMG/Shell Racing. Átila Abreu voltou ao pódio com direito a uma ultrapassagem na última volta da corrida 2. Ricardo Zonta também apresentou grande performance. Na primeira corrida, lutou pelo terceiro lugar contra o xará Ricardo Maurício e terminou na frente de acordo com a cronometragem. Mas após revisão dos tempos, foi declarado quarto lugar, apenas 0s010 atrás do piloto do carro #90. Antes da segunda disputa, Zonta foi agraciado com um ‘Hero Push’ após ser um dos competidores a vencer a votação popular promovida pela Stock Car.

 

A combinação dos resultados do fim de semana foi bastante benéfica para a TMG/Shell Racing, que agora ocupa a terceira colocação no campeonato das equipes. O time chefiado por Thiago Meneghel soma 212 pontos, atrás apenas da RC/Eurofarma, com 305, e da Cimed Racing, que tem 221.

 

Depois de encaixar ótimo ritmo de classificação, Zonta partiu em quarto lugar, e desde então disputou o terceiro lugar com Maurício, com os dois pilotos se alternando na posição com o auxílio do botão de ultrapassagem. Na última volta, o piloto da TMG/Shell Racing já não tinha mais acionamentos do push-to-pass, enquanto Ricardinho tinha um disponível, que foi usado para o ataque final. A cronometragem apontou vantagem de 0s010 para Zonta. Mas após a revisão do resultado, Maurício foi declarado terceiro, com Zonta em quarto.

A situação motivou um protesto formal por parte do time de Americana. Meneghel foi à torre de controle para questionar o resultado com base no artigo 128 do Código Desportivo de Automobilismo (CDA), que reza: “Será válida, como classificação oficial, única e exclusivamente aquela registrada e declarada pela cronometragem”.

 

Por sua vez, Átila pulou para décimo lugar na largada, posição que manteve até a janela para reabastecimento. Era uma colocação bastante favorável porque o colocava na ponta do grid da segunda corrida. Mas durante a saída no pit-lane, o sorocabano enfrentou tráfego e acabou caindo para 12º, que foi sua colocação final da prova e consequente posição no alinhamento inicial da prova 2.

 

No desfecho da rodada dupla, Zonta e Átila tiveram momentos distintos. Abreu ficou perto do top-10 durante boa parte da corrida 2 e, graças ao grande trabalho de estratégia e de pit-stop da TMG/Shell Racing, o piloto ganhou posições preciosas e voltou na quarta posição. O resultado já era muito bom, mas na última volta o dono do carro #51 conseguiu fazer a ultrapassagem sobre Rafael Suzuki e conquistou mais um pódio na temporada, fechando em terceiro no Circuito dos Cristais.

Zonta, por outro lado, levou azar ao ser acertado pelo carro de Thiago Camilo durante a parada nos boxes e acabou perdendo tempo. Ainda assim, o paranaense conseguiu somar pontos ao fechar a prova em décimo lugar.

 

Mesmo com o incidente, Zonta classificou a jornada da TMG/Shell Racing em Minas Gerais como bastante positiva. “O carro se comportou bem em todos os treinos, classificação e corrida. Na primeira corrida, sofremos um pouco com o desgaste do pneu traseiro. Com isso, estava difícil de se manter próximo aos carros da rente. No pit-stop, saí e o Ricardo Maurício saiu junto na outra volta e tinha a preferência. Não consegui a ultrapassagem. Na última volta, estava em terceiro, sem push, e ele tinha, então foi na linha de chegada mesmo que ele me passou”, contou.

 

“Na segunda corrida, larguei bem e não me envolvi em nada. Estava à frente do Felipe Fraga, bem constante, e no pit-stop outro carro bateu no meu e prejudicou a minha parada porque o carro ficou torto e perdeu tempo para colocar o combustível. Voltei no meio do bolo, quando os outros carros estavam saindo do pit, e perdi mais tempo. O pelotão da frente foi embora e fiquei para trás. Foi difícil porque poderia ter saído à frente desse bolo. Usei o ‘Hero Push’, que foi bem legal, na última volta”, destacou Zonta, que aparece em 11º na classificação com 74 pontos, um atrás do top-10.

Átila contou que viveu um fim de semana de altos e baixos, com melhor desempenho nas corridas em relação ao ritmo de classificação, além de ter revelado um drama na volta final. “Na primeira corrida, largando em 11º, abastecemos muito e, com o safety-car, poderíamos ter pulado para o grupo dos primeiros no grid invertido e ter um ritmo melhor se tivéssemos abastecido menos. Com isso, minha tática foi a de usar o mínimo de pushes no começo da segunda corrida”, descreveu.

 

“Tive sorte que o pessoal atrás de mim se embolou. Tentei virar rápido, mas o pessoal da frente gastou muitos pushes. Quando vi que ia abrir a janela, comecei a usar os pushes um atrás do outro e fiquei na pista o máximo possível para tirar a diferença. Deu certo, ficamos em quarto, achei que não tinha mais ritmo para perseguir o Suzuki, pois abastecemos menos na segunda corrida. Daí começou a acender a luz de combustível. Não sabia se era falta de gasolina, mas vi que o Suzuki começou a ficar, aí fui para cima. Passei sem push e, na última volta, vim só rezando para fazer esses pontos importantes para o campeonato”, complementou.

 

O resultado de Átila foi bastante positivo porque o colocou novamente em quarto lugar no campeonato, com 136 pontos, ganhando uma posição em relação à etapa anterior, disputada na Corrida do Milhão.

Meneghel também comemorou a jornada bem-sucedida da TMG/Shell Racing em Curvelo. “Foi um fim de semana positivo. O Zonta fez uma brilhante primeira corrida e, no nosso entendimento, foi o terceiro colocado. Todos sabem a dificuldade de um pódio na Stock Car. O Átila largou um pouco mais de trás, e arriscamos na estratégia de colocar um pouco mais de combustível, mas todos os outros carros fizeram o contrário, e isso custou as duas posições que teríamos para ele largar na pole da segunda prova com o grid invertido”, disse o engenheiro.

 

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“Na segunda prova, ele brigaria pela vitória, porque ele largou em 12º e chegou em terceiro, sem safety-car. Ou seja, isso custou alguns pontos na briga pelo campeonato. A equipe poderia ter arriscado um pouco menos e colocado menos gasolina para ele. Mas sair com um pódio não é nada ruim. Quanto ao Zonta, na segunda corrida, o incidente no box custou algum tempo para ele. O Zonta estava a um metro do ponto de parada, e a outra equipe liberou o carro antes da hora, não tem muito o que ser feito”, lamentou Thiago.

 

Sobre o resultado de Zonta na corrida 1, Meneghel mostrou esperança em reverter o resultado e garantir mais um pódio à equipe na temporada. “Confiamos nas pessoas responsáveis por julgar essa questão e esperamos a decisão correta”.

 

A sétima etapa da temporada 2017 da Stock Car acontece entre os dias 4 e 6 de agosto no Autódromo VeloCittà, uma das novidades da temporada. Pela primeira vez, o circuito localizado em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, vai receber uma etapa da principal categoria do automobilismo brasileiro.