Stock Car vê equilíbrio entre novos carros, mas principal temor deu as caras: o calor

Com a pista de Goiânia fervendo, diversos carros passaram por problemas de superaquecimento. Nem as provas mais curtas conseguiram evitar diversos abandonos. Não é o ideal, claro mas é algo que pode ser ajustado

Paddockast #71 | A volta da Stock Car, com Átila Abreu e Cacá Bueno
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A principal mudança planejada para a Stock Car em 2020 não foi o atraso causado pela pandemia, é claro, mas sim os novos carros – que tornam a categoria multimarcas novamente.

A primeira experiência com os Toyota Corolla e Chevrolet Cruze foi feita de forma cuidadosa: o tempo das duas corridas em Goiânia foi diminuído, o treino de classificação foi mais curto.

A expectativa com isso era simples: com todos os pilotos com pouco tempo de pista e sem costume às novidades, corridas mais disputadas, equilibradas. Deu certo!

O temor, porém, não era nem que as corridas fossem tediosas – e não foram. Era algo que só a natureza controla: o calor. E esse, infelizmente, acabou por dar as caras.

Goiânia apareceu no domingo com temperatura acima de 30°C (Foto: Duda Bairros/Vicar)

O equilíbrio foi constante: apesar das duas vitórias terem sido de Corollas, com Ricardo Zonta (RCM) e Rubens Barrichello (Full Time), a liderança do campeonato estaria nas mãos de Ricardo Maurício (RC Eurofarma), que pilota um Cruze – se não fosse a punição a ele na corrida 2, quatro horas após o final da etapa.

Em termos de pódio, a Toyota bateu a Chevrolet por 4 a 2, mas o jogo vira se pensarmos em top-5: foram seis Cruze, contra quatro Corolla.

O resumo é: houve aperto, e as equipes que estão com o Corolla foram escolhidas a dedo pela marca japonesa, sendo todas com bons resultados recentes na categoria. Na pista, boas batalhas – se não pela vitória, em todo o grid houve variação durante todos os 60 minutos totais do final de semana.

Rubens Barrichello e Ricardo Zonta, os vencedores em Goiânia (Foto: Duda Bairros/Vicar)

Mas o calor (durante a corrida 2, a temperatura de pista passou dos 60°C) foi o contraponto. Este era o principal receio da organização, e o primeiro teste dos carros em tal situação climática não foi dos mais favoráveis.

O carro de Gabriel Casagrande entrou em modo de segurança já no meio da corrida 1, e a corrida 2 teve safety-car porque o Blau de Allam Khodair passou pelo mesmo problema. O superaquecimento foi o motivo.

Os novos carros têm o escapamento com a saída em apenas um lado, e passando por cima do capô. Átila Abreu, em entrevista ao Paddockast, citou que sentiu o carro, nos testes de pré-temporada, mais quente por tal razão. E estava certo.

Bruno Baptista de Corolla, Ricardo Maurício de Cruze (Foto: Duda Bairros/Vicar)

O problema, é claro, é solucionável. Se com a manutenção de corridas mais curtas, ou se as realizando com os tradicionais 40 minutos em cidades com temperatura mais amena, não se sabe. Nada que comprometa a qualidade da disputa na pista.

O cuidado, agora, é para evitar que a entrada em modo de segurança atrapalhe a briga pelo título. O que não se quer na Stock Car em 2020, com tantos problemas a serem combatidos, é um asterisco via reclamações.

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