Hayden tem situação inalterada e segue com estado de saúde “extremamente grave”, informa hospital de Cesena

 

“Não houve novidades substanciais a respeito do que foi comunicado na noite da última quarta-feira. Nicky Hayden segue em recuperação, na planta de reanimação, e o quadro clínico continua de extrema gravidade”, declarou o hospital italiano.

 

Na última noite, as informações sobre as condições de Hayden apontavam para um estado crítico e delicado. A publicação ‘RiminiToday’, a primeira a noticiar o acidente, falou em “luta pela vida”.

 

As condições de Nicky Hayden são críticas e não melhoraram. "O piloto está muito fraco para se submeter a uma intervenção cirúrgica", disse o comunicado do Hospital Maurizio Bufalini, da cidade de Cesena, para onde o norte-americano foi encaminhado depois de passar pelo Infermi di Rimini, nas proximidades de onde sofreu o acidente. Hayden está internado na UTI do hospital.

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"As condições de Nicky Hayden são críticas e não melhoraram. O piloto está muito fraco para se submeter a uma intervenção cirúrgica", disse o comunicado do Hospital Maurizio Bufalini para onde o norte-americano foi encaminhado depois de passar por atendimento nas proximidades de onde sofreu o acidente. O comunicado foi divulgado pela agência de notícias 'EFE'.

 

A fragilidade mencionada no comunicado se deve a um hematoma cerebral, segundo a equipe médica, que revelou que Hayden precisou ser reanimado na unidade de terapia intensiva. O 'RiminiToday' informou que Hayden tem um edema cerebral que obrigou a equipe médica a introduzir uma sonda para monitorar a pressão intracraniana, além de ter uma fratura exposta na perna — não especificada qual — que provocou uma grande perda de sangue.

 

O acidente aconteceu sob circunstâncias que ainda não estão claras. O campeão mundial da MotoGP foi acertado pelo carro, um Peugeot, com um forte impacto. Depois de se chocar contra o capô, Nicky acertou o parabrisa antes de cair no asfalto. A bicicleta ficou destruída.

 

 

Vida e carreira

 

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Hayden teve longa carreira na MotoGP, competindo em tempo integral entre 2003 e 2016. O ponto alto foi a temporada 2006, quando o americano derrotou Valentino Rossi em uma briga acirrada pelo título. Sem apresentar o brilho de outrora nos últimos anos, Nicky topou representar a Honda no Mundial de Superbike. Em 2016, seu primeiro ano completo no certame, o piloto venceu uma corrida e fechou a temporada em quinto. A temporada 2017 começou com resultados medianos – a melhor posição de chegada foi um sétimo lugar na Tailândia. No último final de semana, em Ímola, abandonou uma prova e foi 12º na outra.

 

Nicky Hayden nasceu na cidade de Owensboro, no Kentucky, em 30 de julho e tem 35 anos. É o último piloto norte-americano campeão mundial da MotoGP De trajetória diferente da maioria dos competidores do Mundial de Motovelocidade, o piloto ganhou notoriedade com grandes performances no Campeonato Americano de Superbike, categoria na qual se consagrou campeão em 2002. Antes disso, já havia vencido a AMA Supersport 600 com a Honda em 1999.

 

Nicky ainda faria uma participação em 2002 na rodada de Laguna Seca do Mundial de Superbike. E o desempenho chamou atenção, tanto que, na temporada seguinte, Hayden já estava na MotoGP, defendendo a equipe de fábrica da Honda.

Com os japoneses, o piloto foi quinto colocado em seu ano de estreia em 2003. A carreira do americano. Então, evoluiu ao longo dos anos: em 2005, veio a primeira vitória na MotoGP e logo em casa: com direito a pole em Laguna Seca, Hayden subiu ao topo do pódio pela primeira vez em 10 de julho. Além da vitória na Califórnia, o piloto faturou ainda outros cinco pódios e duas poles para terminar em terceiro lugar. Mas o grande ano veio em 2006. Ainda andando com a marca nipônica, Hayden se tornou campeão mundial, vencendo Valentino Rossi, por apenas cinco pontos.

 

Foram dois triunfos de Hayden naquele ano, contra cinco de Rossi. No entanto, a consistência do americano da Honda e a regularidade foram decisivos para que ele conquistasse sua maior glória na carreira.

 

Nicky ficou mais duas temporadas na esquadra japonesa antes de, em 2009, assinar contrato com a Ducati. Pela equipe italiana, o norte-americano disputou cinco campeonatos, tendo o italiano multicampeão do Mundial como companheiro em duas temporadas. Sem sucesso com a difícil moto de Borgo Panigale, Hayden ainda correr na pequena Aspar entre 2014 e 2015. Sua última aparição na MotoGP aconteceu no passado, quando defendeu a Marc VDS na Espanha e a Honda na etapa de Austrália, onde foi chamado para substituir o lesionado Dani Pedrosa.

 

Atualmente, Hayden corre pela equipe de fábrica da Honda no Mundial de Superbike. No último fim de semana, o piloto disputou a rodada de Ímola. Nicky não terminou a primeira corrida, mas completou a segunda em 12º.

 

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