Anonymous protesta contra GP do Bahrein e ameaça “destruir festinha” de Ecclestone

Em reportagem divulgada pelo diário britânico ‘Metro’, a organização cibernética Anonymous ameaçou interferir na realização do GP do Bahrein. No ano passado, o grupo ‘derrubou’ o site da F1 para protestar contra a corrida em Sakhir


Depois da realização do GP da China, a F1 segue na Ásia, mas agora embarca para o Oriente Médio para a disputa da sua última prova desta primeira fase da temporada no país teoricamente mais tenso do calendário, o Bahrein. Isso porque os protestos de manifestantes contrários ao regime do rei Hamad bin Isa Al-Khalifa não cessaram, pelo contrário, ganharam corpo com a proximidade do evento. Um desses protestos vem da organização Anonymous.

Em reportagem do diário britânico ‘Metro’, os ativistas, em comunicado, ameaçam destruir o GP do Bahrein, chamado de “festinha de Bernie Ecclestone”.


“Bernie Ecclestone e a Família Real do Bahrein não aprenderam nada. Então nós estamos tomando a frente neste ano para destruir sua festinha novamente, Sr. Ecclestone. A Anonymous não vai ficar parada e não vai permitir uma corrida impulsionada pelo sangue dos nossos companheiros e amantes da liberdade no Bahrein”, escreveu a organização.
Protestos contra a realização do GP do Bahrein ganham corpo nesta semana (Foto: Red Bull/Getty Images)

“Nós vamos eliminar você da web, se levar o GP adiante, ou o governo do Bahrein. Vamos colocar tudo abaixo. Vamos expor os dados pessoais de qualquer pessoa que apoie esta corrida de alguma forma. Você foi avisado. Apelamos a Bernie Ecclestone enquanto ainda há tempo. Cancele sua corrida sangrenta agora”, clamou.

Faltando três dias para os carros irem à pista em Sakhir para a disputa dos treinos livres, os protestos voltam a ganhar corpo. Segundo a agência ‘Reuters’, uma bomba explodiu no centro da capital do Bahrein, Manama. Samira Rajab, porta-voz do governo barenita, classificou a ação como terrorista, mas tratou de isolar e minimizar o ambiente tenso no país, assim como Ecclestone. “Não recebi nenhuma informação negativa de ninguém de lá. Alguém que realmente vive lá veio até mim ontem e me disse que está tudo normal”, afirmou o dirigente.

“Seria ótimo falar com quem quer que seja sobre isso, assim como fiz no ano passado. Não queremos ver problemas. Não queremos ver o pessoal discutir e nem lutar por coisas que não entendemos. Não queremos ver repressão à corrida. Alguns dizem que isso é culpa nossa. Somos compreensivos com eles, mas não se esqueçam que fui eu, quando havia o apartheid na África do Sul, quem eliminou o GP do calendário”, disse Ecclestone.

O Bahrein paga quase € 47 milhões por corrida para ter uma etapa da F1. O país tem sua força econômica, já que vários patrocinadores da região do Golfo Pérsico estampam suas marcas nos carros da categoria. Entretanto, a maior parte do povo barenita, diferente das empresas, se opõem à realização da corrida por ser um evento promovido pela família real do país. Desde que eclodiu o movimento chamado Primavera Árabe, a maioria xiita protesta contra o regime do rei Hamad, de origem sunita.

Bernie, entretanto, prefere não se envolver nas questões políticas do Bahrein. “É difícil dizer quem tem razão e quem não tem. Ano passado falei com os representantes dos manifestantes. Um deles era uma pessoa muito sensível, com os pés no chão e entendia o que falava, que falava que ambas as partes estavam erradas. Sempre vamos encontrar com gente que vai acabar tomando partido da situação. Desejo que tudo se resolva”.
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