Maior mistério da pré-temporada, McLaren apresenta MCL33 laranja e espera redenção ao lado da Renault

A McLaren voltou a ter seu carro todo laranja. A apresentação do bólido mais esperado da pré-temporada foi o início do que o time espera ser a redenção ao lado da Renault após anos de crise com a Honda

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 A McLaren fez um suspense digno de um livro de Stephen King para anunciar como seria o novo layout para a temporada 2018. Neste começo de manhã de sexta-feira (22), a equipe enfim desfraldou o MCL33. Laranja como nos primórdios da escuderia, o time de Woking espera viver um ano de redenção após o sofrimento sem fim que viveu ao lado da Honda. “Inspirada pela nossa história, guiada pelo nosso futuro. Senhoras e senhores, o McLaren MCL33”, escreveu a equipe nas redes sociais ao apresentar o tão aguardado novo carro.

A surpresa desembocou num modelo que tem, sim, o laranja preponderante, mas chama a atenção também pelos detalhes em azul. O número e as asas dianteira — e principalmente – traseira surgem com muito azul. Parceira confirmada nesta semana, a Petrobras/Lubrax também possui lugar de destaque no carro. A inspiração está na história, seguindo o traço daquele primeiro layout com o qual a McLaren competiu na F1, cinco décadas atrás.

Além da nova pintura, com o laranja cada vez mais dominante como já indicavam as fotos vazadas do carro no aeroporto de Pamplona, a McLaren é mais uma a entrar oficialmente na Era Halo de proteção de cockpit.
Fernando Alonso guiou o novo carro da McLaren no dia de filmagem no autódromo de Navarra (Foto: McLaren)

O diretor-executivo do time inglês, Zak Brown, destacou os motivos históricos das cores e a busca por uma nova vida agora que os motores da Renault são os responsáveis por empurrar o chassi.

“A equipe McLaren foi criada por um bravo pioneiro, que teve a bravura no seu cerne desde o começo. Seja com bravos pilotos, bravos líderes ou um bravo destino, essa equipe sempre lutou. E definitivamente vemos 2018 como o ano em que a McLaren vai se aproximar da ponta, lutando com equipes e pilotos enquanto melhoramos nossas forças. Temos uma equipe excelente, um novo parceiro de motores na Renault e um rol de novos e fantásticos parceiros: Argain, CNBC, Dell, Kimoa e Petrobras, que chegaram à família McLaren”, disse.
 
“Nosso retorno ao laranja papaia para este ano não foi simplesmente uma decisão emocional. Isso demonstra que nós ouvimos nossos fãs, criando engajamento com eles e com a comunidade da F1 como um todo. Queremos que a McLaren ganhe respeito dentro e fora da pista, e esse parece um bom ponto de partida. Queremos mostrar a todos o que faz esta equipe ser especial, seja por nossos fãs ou nossos parceiros. Há espaço para mais em nossa jornada”, afirmou.
Eis o novo McLaren MCL33 (Foto: McLaren)

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"Uma evolução lógica em relação ao carro da temporada passada. Com mais um ano de experiência, pudemos firmar algumas convicções", falou o diretor-técnico Tim Goss. A afirmação de Goss põe o MCL33 como um desenvolvimento em termos conceituais, diferente da forma que a mais bem sucedida Mercedes preferiu abordar 2018, com um conceito que classificaram como novo.

Agora empurrada pela Renault, a McLaren tem muita expectativa. Acredita que poderia beliscar ao menos o top-4 do Mundial de Construtores no ano passado se tivesse os motores da marca francesa. O momento é de pressão não apenas por ser uma grande equipe com resultados ruins há muito tempo, mas também por não ter mais um bode expiatório para chamar de seu.

O diretor de corridas da equipe, Éric Boullier, exaltou o desenvolvimento do chassi feito pela McLaren para exaltar a capacidade de crescimento uma vez que vá à pista com motores melhores.

“Acho que toda a equipe se sente orgulhosa por este carro. Os departamentos de design, engenharia e aerodinâmica fizeram um trabalho incrível para entregar um carro novo com uma nova unidade de potência em um tempo muito apertado. Nós nunca buscamos o caminho fácil ou atalhos para encurtar um processo ou uma solução, e o resultado é um carro que é limpo e bem-nascido. Dito isso, não temos ilusões de que vai ser difícil estilhaçar a hegemonia à frente, e que o meio [do grid] vai ser cheio de equipes bem sólidas”, afirmou o francês, engenheiro aeroespacial de formação.

"Nós somos humildes quanto ao desafio pela frente, mas nos sentimos bem preparados, temos um pacote sólido em que podemos nos erguer e explorar as evoluções na temporada. E temos dois excelentes pilotos que vão fazer a diferença nas corridas. Na McLaren, todos nós somos competidores, pura e simplesmente. Vamos trabalhar e acelerar mais do que nunca”, acrescentou.

Stoffel Vandoorne e Fernando Alonso são os encarregados de levar a McLaren de volta aos pódios na F1 (Foto: McLaren)
Fernando Alonso não parou de trabalhar e aparecer nos holofotes desde que a temporada da F1 terminou, em novembro do ano passado, mas quase nunca para tratar de F1. Com todo o papo sobre Le Mans, ele agora quer voltar à categoria da qual é duas vezes campeão.
"Meu inverno foi mais curto que o normal, porque eu já estive no cockpit para uma corrida de 24 horas [de Daytona] e vários outros testes de protótipos", apontou. "Com isso dito, estou realmente ansioso para sentar atrás de um volante de um carro da F1 pela primeira vez em três meses", falou o bicampeão.
 
"De olho em nosso carro, me sinto incrivelmente animado e também apreensivo. Sei o quão importante ele é para a equipe e espero que entregue aquilo que todos queremos. Se formos capazes de desenvolver as principais forças do chassi do ano passado e casar com a unidade de força Renault, então acredito que estamos prontos para dar um passo adiante. O carro certamente parece ajustado e bem projetado – e também acho que a nova cor está ótima. Chama a atenção", avaliou. "Agora eu só quero guiar!", encerrou.

Literalmente o número 2, o talentoso belga Stoffel Vandoorne também se mostrou empolgado com a nova joia construída em Woking. E também espera viver um ano bem melhor com um carro empurrado por um motor de potencial bem maior. 

“A chegada de um novo carro é um dos momentos mais tensos e empolgantes da temporada. Para todos nós da McLaren, esse é um carro importante. Nós todos estamos extremamente ansiosos em ver como ele vai se desenvolver quando começarmos os testes na semana que vem. Do meu ponto de vista, espero muito que possamos começar a temporada com uma plataforma estável com a qual nós consigamos desenvolver rapidamente e facilmente. Seria ótimo ter semanas tranquilas nos testes de inverno e irmos para a Austrália nos sentindo confiantes sobre o ano que vamos ter pela frente”, salientou o jovem de 25 anos.

“Venho treinando duro durante todo o inverno e me sinto o mais preparado possível para entrar no cockpit. Estou em forma e focado, mas também tranquilo porque acho que nós tivemos um inverno muito produtivo e construímos um novo carro muito capaz. Mal posso esperar para começar a testar”, complementou.

E Peter Prodromou, diretor de aerodinâmica, contou que mesmo sem entrar na pista de forma competitiva a McLaren espera enviar um pacote de atualizações já na abertura da temporada, no GP da Austrália.
O McLaren MCL33 (Foto: McLaren)

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“Tentamos desenvolver o carro da mesma forma que fizemos nos últimos três anos. Desenvolvemos em busca de evolução”, comentou em entrevista para o site norte-americano 'Motorsport.com'. “Passamos os últimos dois ou três meses focados em uma atualização para a primeira corrida. Esse é o nosso maior foco, desenvolver uma atualização mecânica e aerodinâmica para ficar na melhor condição possível em Melbourne”, seguiu.

 
“Espero que a gente tenha dado alguns passos adiante. Na sequência, vamos fazer algo mais substancial para Melbourne”, continuou.

A McLaren foi a oitava equipe a apresentar oficialmente seu carro em 2018. Agora, o mistério fica por conta apenas da Force India, já que a Toro Rosso ao menos já deu prévias de seu bólido para a temporada que começa na Austrália.

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