Bueno parabeniza Faria e Rosa por título da GT3, mas ressalva: “Não gostaria de ganhar assim”

BMW levantou suspeitas a respeito das perdas dos títulos tanto da GT3 quanto da GT4 na última corrida da temporada do GT Brasil, ambos por um ponto

Cacá Bueno parecia estar com a mão na taça pela terceira vez em 2012. Já campeão da Stock Car e da Copa Fiat, o carioca passou muito perto de comemorar o título da GT3, mas acabou derrotado diante de um jogo de equipe controverso que criticou muito após o encerramento da prova. Os campeões foram Cleber Faria e Duda Rosa.

O piloto da BMW Z4 liderava a corrida decisiva do GT Brasil, neste domingo (16), em Interlagos, depois de ultrapassar Cláudio Ricci. A partir daquele momento, a combinação de resultados lhe garantia o título, já que Rosa estava a 35s do parceiro de Rafael Derani. Contudo, depois de passar reto na Curva do Lago, a Ferrari 458 começou a andar cerca de 10s mais lenta por volta e permitiu que a ultrapassagem da Mercedes SLS, preparada por uma equipe coirmã, na volta final, o que mudou o destino do campeonato.

Conquista de Faria e Rosa veio em meio à polêmica (Foto: Fernanda Freixosa/GT Brasil)

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“Parabéns ao Cléber e ao Duda, mas eu não gostaria de ganhar um título assim”, atacou Cacá. “Tenho nove títulos brasileiros e graças a Deus nenhum deles desta forma. Foi triste estar dentro do carro e ver isso acontecendo nas três voltas finais”, completou o parceiro de Cláudio Dahruj, outro que lamentou o que aconteceu nesta tarde em São Paulo: “A única coisa que a gente sente é que se fosse um companheiro de equipe, a gente entenderia, mas sendo outra marca, concorrente, é lamentável”.

Na entrevista coletiva concedida após a prova, Ricci foi perguntado sobre seu desempenho na derradeira disputa da temporada de 2012 e respondeu com poucas e claras palavras: “Não tenho nada a declarar”.

Sócio-fundador da SRO, empresa que organiza o GT Brasil, e chefe da BMW, Antonio Hermann endossou as críticas feitas por seus comandados. Ele comentou não só sobre a polêmica decisão da GT3, mas também da GT4, ambos por apenas um ponto. Representante da marca alemã, Leonardo Cordeiro venceu em sua divisão em Interlagos, porém, terminou o campeonato como vice-campeão, atrás de Sergio Laganá e Alan Hellmeister, que andam de Aston Martin.

“Ficamos muito tristes pelo o que aconteceu. Uma atitude que nunca vi no automobilismo, entre duas equipes diferentes, tanto na GT3 quanto na GT4. Isso é ruim para o espetáculo, é ruim para o campeonato”, declarou Hermann.

Cordeiro disse não querer entrar na polêmica, mas deixou gravado que “é muito estranho o Aston Martin estar em último, muito distante dos outros dois carros e, no final da corrida, terminar em quarto e ganhar por um ponto”. Nas voltas finais, Hellmeister superou a Lotus de Valter Pinheiro e Leonardo Burti e a Ferrari de Eduardo Oliveira e William Freire.

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