Lorenzo vence na casa da Honda, mas Motegi assiste coroação de Márquez como mais jovem bicampeão da MotoGP

Impecável, Jorge Lorenzo venceu uma disputa com Valentino Rossi e disparou na ponta para conquistar sua segunda vitória no ano. Marc Márquez também superou o italiano da Yamaha e se tornou o mais jovem bicampeão da história da MotoGP

A cobertura completa do GP do Japão no GRANDE PRÊMIO
icone_TV Automobilismo na TV: a programação do fim de semana
 
Mais uma vez, o destino conspirou para manter o nome de Jorge Lorenzo na história de Marc Márquez. Neste domingo (12), o bicampeão da Yamaha se espalhou no sofá do vizinho e somou sua segunda vitória da temporada, mas não conseguiu impedir a festa da Honda, que assistiu em casa a coroação de Marc Márquez como bicampeão da MotoGP.
 
Em sua primeira chance de assegurar o título de 2014, Márquez iniciou a disputa de um jeitinho até que cauteloso, mas não demorou a se embrenhar na briga para assegurar uma nova placa na Torre dos Campeões.
Lorenzo celebra vitória em Motegi (Foto: AP)
A classificação do Mundial de MotoGP após o GP do Japão

Inicialmente, foi Valentino Rossi quem brilhou no circuito de Motegi. Com uma ótima largada, o italiano tomou a ponta nos primeiros metros, sendo seguido de perto por Jorge Lorenzo. 

 
Depois de muito pressionar, Lorenzo tomou a frente e deixou Rossi para se defender de Márquez, que vinha chegando após somar mais uma largada ruim no currículo. 
 
O multicampeão da casa de Iwata fez bem o seu papel e defendeu a posição o máximo que pôde. De tanto insistir, Márquez conseguiu passar e tratou de abrir vantagem.
 
Na reta final da disputa, Rossi conseguiu recortar um pouco da diferança para Marc, mas não o suficiente para adiar a conquista do título. Esta é a primeira vez que um piloto da Honda fatura o título no circuito construído pela marca da asa dourada.
Ao cruzar a linha de chegada, Marc, de novo, foi recebido pelo irmão mais novo, que lhe deu o primeiro abraço pelo bicampeonato. Pouco depois, o espanhol se encontrou com um samurai, devidamente acompanhado por duas gueixas, que lhe deu uma espada. Uma festa a altura da nova estrela do Mundial.
Márquez posa com capacete de campeão (Foto: AP)
Enquanto Marc festeja, as Yamaha de Lorenzo e Rossi foram empurradas para o parque fechado. Ao que parece, as M1 #99 e #46 ficaram sem combustível.
 
Dani Pedrosa de novo viu seu companheiro ser campeão e ficou com a quarta colocação, à frente de Andrea Dovizioso.
 
Andrea Iannone ficou com o sexto posto, à frente de Stefan Bradl e Pol Espargaró. Bradley Smith e Álvaro Bautista fecham a lista dos dez melhores em Motegi.

Com o resultado deste domingo, Márquez chegou aos 312 pontos e não pode mais ser alcançado. Rossi passou Pedrosa na disputa pelo segundo lugar, mas está empatado com o espanhol em 230 pontos. Com 227, Lorenzo vem em quarto.

 

As imagens deste domingo em Motegi
#GALERIA(5109)

Saiba como foi o GP do Japão de MotoGP:
 
Em tempo em Motegi mudou bastante em relação aos dias de treinos, mas nada perto da expectativa da chegada de um tufão. Apesar do céu encoberto, a temperatura estava na casa dos 19°C, com o asfalto chegando aos 27°C. A velocidade dos ventos era de 10 km/h.
 
Ainda se recuperando do estrago causado pelo tufão Phanfone, o Japão acompanha a aproximação do Vongfong, que atualmente está cruzando as ilhas do sul do país.
 
O Vongfong ganhou força na última terça-feira e se tornou o mais violento tufão registrado pelos meteorologistas na temporada. A tempestade, entretanto, permaneceu por um longo tempo no mar e foi perdendo força conforme se aproximava do Japão. 
 
A passagem do Vongfong pelo arquipélago de Okinawa, no extremo sul do país, deixou um saldo de 20 feridos. 
 
Na manhã de sábado, a Agência de Meteorologia do Japão, anunciou que o Vongfong caiu da categoria de supertufão para tufão potente, mas segue muito forte, com ventos de até 230 km/h.
 
A última atualização feita pela agência colocava a região de Kanto sob aviso, o segundo dos quatro níveis de alerta. A expectativa é que o Vongfong chegue à área do circuito de Motegi na segunda-feira, já com ventos mais fracos. 
 
Alheio à preocupação meteorológica, Andrea Dovizioso colocou um ponto final em um longo — e incômodo — jejum da Ducati. Pela primeira vez desde o GP de Valência de 2010, a marca de Borgo Panigale vê a luz da pole-position com uma de suas motos. Com a posição de honra, o italiano entra para uma seleta lista de pilotos que conquistaram a pole com a temperamental Desmosedici, se juntando a Loris Capirossi, Casey Stoner e Sete Gibernau.
 
Com nove pódios em Motegi, incluindo triunfos em 2001 e 2008, Valentino Rossi aparece na segunda colocação, seu melhor grid desde o segundo posto na Malásia no não passado. Dani Pedrosa aparece logo atrás, saindo na primeira linha da grelha pela oitava vez no ano.
 
Pela segunda vez na temporada, Marc Márquez ficou fora na primeira fila do grid. Em sua primeira chance de conquistar o título de 2014, o piloto de Cervera se classificou em quarto, à frente de Jorge Lorenzo. 
 
Andrea Iannone, que venceu em Motegi nas 125cc — em 2009 — e na Moto2 — em 2011 —, aparece em sexto, à frente de Pol Espargaró, vencedor do GP do Japão de Moto2 do ano passado. 
 
Embalado pelo pódio conquistado em Aragão, Cal Crutchlow aparece em oitavo, seguido por Stefan Bradl. 0s542 mais lento que o tempo da pole de Dovizioso, Bradley Smith fecha o top-10 nipônico.
 
O fato curioso do grid deste domingo é que cada uma das três primeiras filas têm representantes das três fábricas presentes na classe rainha: Ducati, Yamaha e Honda.
 
Neste fim de semana, os pilotos da MotoGP são obrigados a equiparem as motos com o freio dianteiro de carbono de 340mm. Ao contrário do que acontece no restante do ano, quando os competidores podem optar pelo diâmetro maior ou pelo disco de 320mm, em Motegi o uso da peça maior é mandatário, já que o traçado é considerado um dos mais exigentes com os freios em todo o calendário, não só pelo alto número de curvas em segunda marcha, mas também pela dificuldade em esfriar os freios. 
 
De acordo com os dados coletados pela Brembo, das 14 curvas do circuito, dez são freadas fortes. A maior delas na curva 11, onde os pilotos chegam a uma velocidade de 287 km/h e atingem os 91 km/h em um espaço de 246 metros, sendo submetidos a uma desaceleração de 1,6G.
Scott Redding (Foto: Gresini)
Fornecedora única dos pneus da categoria, a Bridgestone levou para a pista de Motegi os pneus dianteiros macios, médios e duros, identificados pelas cores branca, preta e vermelha, respectivamente.
 
Na traseira, os pilotos de fábrica e satélite têm a opção de usar as borrachas macias e médias, enquanto aqueles que obedecem ao regulamento Aberto podem optar pelo composto macio e extramacio, identificado pela cor verde. 
 
O francês de 25 anos segue internado em estado crítico, mas estável no Hospital Geral de Mie após ter colidido com um trator que estava na área de escape para recolher o carro de Adrian Sutil, que tinha batido uma volta antes.
Na corrida deste domingo, os três pilotos da primeira fila aparecem com uma combinação de pneu médio na frente e macio atrás, que foi seguida pelos demais pilotos de fábrica.
 
Quando as luzes se apagaram, as 42.856 pessoas que compareceram a Motegi para acompanhar a corrida deste domingo viram Rossi sair muito bem e tomar a ponta, à frente de Dovizioso, Lorenzo, Iannone, Pedrosa, Pol e Márquez.
 
O líder do Mundial logo deixou Pol para trás e iniciou sua recuperação. As largadas ruins, aliás, são uma tradição de Marc, que passou perto de um contato com Lorenzo logo na saída.
 
Lorenzo logo conseguiu passar Dovizioso na curva cinco e se instalou em segundo, atrás de Rossi. Márquez também vinha subindo, passando Pedrosa pelo quinto lugar.
 
Ainda no início da disputa, Cal Crutchlow sofreu uma queda e abandonou a disputa. O britânico foi do céu ao inferno de um fim de semana para o outro.
 
Com um bom ritmo, Rossi completou a primeira volta na ponta, 0s439 à frente de Lorenzo, que seguia em segundo. Dovizioso ainda aparecia em terceiro, acompanhando bem o ritmo imposto por Jorge.
 
Iannone seguia na quarta colocação, 0s197 à frente de Márquez. Pedrosa era o sexto, seguido por Bradl e Pol Espargaró. 
 
Sem muita demora, Márquez passou Iannone e se instalou no quarto posto,. Agora, o líder do Mundial tinha 0s857 de atraso para Dovizioso.
 
Na casa da Honda, as voltas iniciais se desenrolavam como uma festa da Yamaha, que via seus dois pilotos no topo da tabela de tempos. Lorenzo vinha em ritmo forte, tentando se aproximar de Rossi.
 
Mesmo sem previsão de chuva, os times logo começaram a preparar as motos reserva para alguma eventualidade. Certeza que, desta vez, Márquez não erraria no flag-to-flag.
 
Dono de duas vitórias na pista de Kanto, Rossi seguia na ponta, mas agora com Lorenzo muito mais próximo. Na quarta volta, Jorge passou o companheiro na curva 11 e assumiu a liderança. Em 2010, os dois tiveram um belo duelo nessa mesma pista.
 
Mais atrás, Pedrosa conseguiu deixar Iannone para trás e partiu em busca de Márquez, que, por sua vez, vinha caçando Dovizioso.
 
Ainda com ritmo bem forte, Rossi não deixou Lorenzo escapar. Dovizioso vinha em terceiro, com Márquez calminho em quarto. Pedrosa vinha em quinto, seguido por Iannone e Bradl.
 
Aos poucos, Lorenzo foi conseguindo se afastar de Rossi, que permanecia acompanhado por Dovizioso. Márquez vinha 0s130 atrás do italiano, mas em uma versão bem cautelosa.
 
Dovizioso é bem conhecido por sua habilidade com os freios, então Márquez tinha de buscar uma forma segura de ultrapassar. O que não demorou para acontecer. Na oitava volta, o piloto da Honda já aparecia à frente do rival da Ducati.
 
Nessa configuração, faltaria apenas um ponto para Marc sair de Motegi bicampeão. Assim, passar Valentino era questão de campeonato.
 
Em terceiro, Márquez não demorou para chegar em Rossi, que já tinha 0s891 de atraso para Lorenzo. Dovizioso era o quarto, à frente de Pedrosa, Iannone, Bradl, Pol, Smith e Hernández.
 
No duelo entre a velha e a nova guarda da MotoGP, Rossi seguia se segurando na frente, mas bastante pressionado pelo líder do Mundial. Nem aí para o que acontecia atrás, Lorenzo mantinha um ritmo forte, abrindo mais e mais vantagem.
 
Márquez, de novo, chegou bem perto de Rossi, mas deu uma escorregada e se afastou novamente. Nada que fizesse os dois perderem contato.
 
Enquanto isso, Pedrosa ia chegando no ritmo dos ponteiros, mas ainda tinha que chegar em Dovizioso e depois recortar o atraso em relação ao companheiro de Honda.
 
Com mais ritmo, Pedrosa chegou e passou Dovizioso, subindo para quarto. O espanhol agora tinha 2s112 de atraso para Marc.
 
Rodando na frente, Lorenzo seguia com seu baile de gala, sem se incomodar com o que acontecia mais trás. Em segundo, Rossi permanecia pressionado e viu Márquez passar no hairpin na 14ª volta.
 
O multicampeão, entretanto, não se deu por vencido e voltou a se colocar na frente, devolvendo o piloto da Honda ao terceiro posto. Restavam nove voltas para o fim.
 
Pouco depois, o líder do Mundial conseguiu passar Rossi novamente e de cara abriu uma ligeira vantagem. O título estava a caminho. 
 
Uma vez na frente do piloto da Yamaha, Márquez passou a abrir vantagem, neutralizando qualquer tentativa de Valentino tentar recuperar a frente. 
 
Com Marc em segundo, Lorenzo subiu um pouquinho o ritmo e levou a vantagem para a casa de 2s5. Com o passar das voltas, Rossi foi recuperando o terreno perdido e começou a diminuir novamente a vantagem de Márquez. Pedrosa vinha em quarto, 0s688 atrás de Vale.
 
Depois de muito tardar para conseguir ritmo, Pedrosa foi tentando chegar em Rossi. Com três voltas para o fim, o espanhol tinha 0s584 de atraso para o rival.
 

MotoGP, GP do Japão, Motegi, Final:

 
1
99
JORGE LORENZO
ESP
YAMAHA
42:21.259
24 voltas
2
93
MARC MÁRQUEZ
ESP
HONDA
+1.638
 
3
46
VALENTINO ROSSI
ITA
YAMAHA
+2.602
 
4
26
DANI PEDROSA
ESP
HONDA
+3.157
 
5
4
ANDREA DOVIZIOSO
ITA
DUCATI
+14.353
 
6
29
ANDREA IANNONE
ITA
PRAMAC DUCATI
+16.653
 
7
6
STEFAN BRADL
ALE
LCR HONDA
+19.531
 
8
44
POL ESPARGARÓ
ESP
TECH3 YAMAHA
+19.815
 
9
38
BRADLEY SMITH
ING
TECH3 YAMAHA
+23.575
 
10
19
ÁLVARO BAUTISTA
ESP
GRESINI HONDA
+35.687
 
11
41
ALEIX ESPARGARÓ
ESP
FORWARD
+40.668
 
12
21
KATSUYUKI NAKASUGA
JAP
YAMAHA
+51.027
 
13
7
HIROSHI AOYAMA
JAP
ASPAR HONDA
+51.093
 
14
69
NICKY HAYDEN
EUA
ASPAR HONDA
+55.792
 
15
8
HECTOR BARBERÁ
ESP
AVINTIA DUCATI
+59.089
 
16
45
SCOTT REDDING
ING
GRESINI HONDA
+59.508
 
17
15
ALEX DE ANGELIS
RSM
FORWARD
+1:16.547
 
18
70
MICHAEL LAVERTY
ING
PAUL BIRD
+1:28.021
 
19
63
MIKE DI MEGLIO
FRA
AVINTIA
+1:29.470
 
20
23
BROC PARKES
AUS
PAUL BIRD
+1:33.253
 
 
68
YONNY HERNÁNDEZ
COL
PRAMAC DUCATI
NC
 
 
17
KAREL ABRAHAM
TCH
AB
NC
 
 
9
DANILO PETRUCCI
ITA
IODA ART
NC
 
 
35
CAL CRUTCHLOW
ING
DUCATI
NC
 
 
 
 
 
 
 
 
POLE
ANDREA DOVIZIOSO
ITA
DUCATI
1:44.502
165.3 km/h
VOLTA MAIS RÁPIDA
JORGE LORENZO
ESP
YAMAHA
1:45.350
164.0 km/h
RECORDE
DANI PEDROSA
ESP
HONDA
1:45.589
163.6 km/h
MELHOR VOLTA
ANDREA DOVIZIOSO
ITA
DUCATI
1:44.502
165.3 km/h
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condições do tempo
 
PISTA SECA
 
ar: 19ºC | pista: 27ºC

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.