Márquez descarta interferência da Honda na decisão em Valência e justifica: “Melhor ordem de equipe é que Pedrosa vença”

O debate em torno de ordens de equipe segue movimentado a MotoGP. Na reta final da temporada, Marc Márquez descartou interferência da Honda na final em Valência, mas reconheceu que teria agido como Jorge Lorenzo na Malásia se estivesse na mesma situação.

 

Na etapa de Sepang, Lorenzo vinha liderado a corridas nas voltas finais, mas errou e cedeu a ponta a Andrea Dovizioso. Ciente de que o italiano precisava da vitória para levar a briga pelo título até a última prova da temporada, o #99 se conteve e não tentou o troco na direção do companheiro de Ducati.

Com a vitória e o quarto lugar de Márquez na Malásia, Dovizioso conseguiu diminuir de 33 para 21 pontos a vantagem do piloto de Cervera na classificação e levar a decisão para a última prova do ano.

 

“No lugar de Lorenzo, eu teria feito o mesmo. Você pode estar lutando por uma corrida, mas o seu companheiro e a sua fábrica estão brigando por um título. São coisas difíceis de aceitar nas corridas, mas que são parte do nosso trabalho”, disse Márquez. 

 

Com 21 pontos de vantagem para Dovizioso, Márquez descartou pedir que a Honda lance mão de ordens de equipe, até por considerar que uma vitória de Dani Pedrosa já seria uma ajuda em seu objetivo final. Ainda em caso de vitória de Andrea no circuito Ricardo Tormo, o #93 precisaria apenas de um 11º lugar para ficar com o título.

 

“Em Valência, não teremos ordens de equipe por parte da Honda. A melhor ordem de equipe é que Dani vença lá e, para isso, ele tem de dar 100%”, considerou. “É um dos circuitos que ele vai mais rápido e pode ganhar. Eu vou tratar de sair ao máximo nos treinos e, depois do warm-up, ver onde estamos e ver o que podemos fazer. Não se trata de sair e terminar em 11º”, completou.

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