Gasly pede solução para quiques a FIA para evitar que pilotos “usem bengalas aos 30”
Piloto da AlphaTauri assumiu que é difícil que uma solução seja encontrada ainda neste ano, mas avaliou que é difícil que os pilotos tenham de optar entre saúde e performance
Pierre Gasly pediu socorro a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para evitar que os pilotos “usem bengalas aos 30 anos”. O piloto da AlphaTauri acredita que a entidade máxima do esporte tem de se fazer presente na busca por soluções para o problema dos quiques.
O regulamento de 2022 trouxe de volta à Fórmula 1 o efeito solo, o que colocou os carros o mais próximo possível do chão. Isso, porém, resultou em quiques, que afetam quase todas as equipes, ainda que em graus muito variados.
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Durante o GP do Azerbaijão, vários pilotos se queixaram de problemas físicos, principalmente por conta da longa reta de Baku. Lewis Hamilton foi um dos que mais se queixou, com a Mercedes chegando até mesmo a colocar em dúvida a participação do britânico no GP do Canadá, uma suspeita que já foi afastada pelo heptacampeão.
Enquanto a Red Bull se queixa do que classificou como “choro” da concorrência, um dos seus faz coro contra os quiques e pede ajuda a FIA na busca de uma solução que ajude a preservar a saúde dos competidores.
“Não é saudável, isso é certo”, disse Gasly. “Passei por uma sessão de fisioterapia antes e depois de cada sessão, só porque os meus discos [da coluna] estão sofrendo com isso. Você, literalmente, não tem suspensão. Os impactos apenas atingem a sua espinha”, seguiu.
“A equipe fica me perguntando: ‘Ok, podemos comprometer o acerto?’. E eu estou comprometendo a minha saúde pela performance”, apontou. “E vou sempre fazer isso, pois sou um piloto e vou sempre buscar o carro mais rápido que posso. Mas não acho que a FIA deveria nos colocar em um beco onde temos de lidar com saúde ou desempenho”, avaliou.
“Essa é uma parte complicada e, claramente, não é sustentável. Então foi isso que nós discutimos no briefing dos pilotos e meio que os alertamos dos problemas, e tentamos pedir a eles que encontrem soluções para impedir que a gente termine com uma bengala aos 30 anos”, contou.
Durante a corrida em Baku, Lewis Hamilton admitiu que temeu perder o controle do carro por conta dos quites, enquanto George Russell contou que teve problemas para acertar o ponto de freada em alguns momentos.
Gasly contou que até a visibilidade foi prejudicada, já que os espelhos “balançavam demais”.
“Além disso, às vezes o carro balançava sozinho, só porque o volante balançava. Em velocidades como essas, não é fácil. Não acho que possam resolver algo até o final do ano. Mas tomara que consigam para o ano que vem”, encerrou.
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