Fernando Alonso continua brilhando em Daytona. Depois de um primeiro stint muito forte, marcado por ultrapassagens arrojadas sobre Helio Castroneves e René Rast antes da quarta hora de prova, o bicampeão mundial de F1 voltou à pista no período noturno, já na madrugada deste domingo (27), e manteve a grande performance. O espanhol assumiu o volante do Cadillac DPi #10 da Wayne Taylor Racing em quarto lugar. Até que a chuva se impôs com força em Daytona.
No molhado, com ritmo muito mais forte em relação aos concorrentes da categoria, Alonso logo alcançou a liderança e chegou a impor quase 40s de vantagem para o segundo colocado, Dane Cameron, da Penske, antes do acionamento da bandeira amarela e, depois, da vermelha.
Durante a paralisação da corrida, Alonso, que integra o quarteto da Wayne Taylor Racing ao lado de Kamui Kobayashi, Jordan Taylor e Renge van der Zande, falou à transmissão oficial do SportsCar que a grande chave neste momento crucial da prova — a bandeira vermelha foi acionada quando restavam pouco mais de sete horas para o fim — é a confiança no Cadillac, seja no seco ou no molhado.
Fernando Alonso liderou as 24h de Daytona antes da bandeira vermelha (Foto: IMSA)
“A confiança tem sido bem grande no carro. No seco, com as baixas temperaturas, fomos mais competitivos do que nos testes e me senti muito bem no carro durante a chuva. Pudemos ganhar mais confiança. Devido à forma em que se corre nos Estados Unidos, com os safety-cars reagrupando todos, perdemos a vantagem. A corrida tem atividade até o último minuto, então estou bem ansioso”, destacou.
O fato é que Alonso se mostra encantado com a dinâmica das corridas de resistência, com um perfil muito diferente ao que estava habituado durante as 17 temporadas em que fez parte do grid do Mundial de F1.
“Cada volta é diferente, sabe? Todas as categorias correm juntas no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Você se depara com várias pessoas de várias categorias durante as 24 horas. Há pneus velhos e novos, a noite e o dia… Há uma evolução constante durante a corrida”, explicou.
“Então você tem de adaptar seu estilo de pilotagem à mudança nas condições, e adoro isso. É um grande espetáculo para quem está assistindo”, complementou o vencedor das 24 Horas de Le Mans e grande favorito à vitória logo mais em Daytona.