Quarteto de Castroneves vence 24h de Daytona após intensa luta com Ganassi

Helio Castroneves, Ricky Taylor, Filipe Albuquerque e Alexander Rossi, dividiram o Acura #10, venceram as 24 Horas de Daytona, neste domingo (31). Os momentos finais da corrida foram marcados por uma dura briga entre o quarteto e o trio da equipe de Chip Ganassi

O quarteto formado por Helio Castroneves, Ricky Taylor, Filipe Albuquerque e Alexander Rossi garantiu a vitória nas 24 Horas de Daytona, corrida que abriu neste fim de semana a temporada 2021 do IMSA SportsCar. O triunfo veio depois de uma intensa batalha nos momentos finais da prova contra o Cadillac #01 da equipe de Chip Ganassi, guiado por Renger van der Zande, Kevin Magnussen e Scott Dixon. Um furo de pneu do carro do trio acabou tirando a chance de uma briga maior até a bandeirada da classe DPi. Foi a terceira vitória consecutiva da equipe Wayne Taylor na mítica pista da Flórida.

A história da corrida foi marcada por uma grande disputa entre os modelos Cadillac e Acura, uma vez que o Mazda jamais esteve em posição de tentar o triunfo. Então, as primeiras horas da prova testemunhou uma batalha acirrada entre o quarteto dos brasileiros Felipe Nasr e Pipo Derani, que compartilharam o carro #31 com Chase Elliott e Mike Conway, e o trio formado por Löic Duval, Sébastien Bourdais e Tristan Vautier. Só que punições e problemas mecânicos acabaram excluindo os adversários de uma luta até o fim, diferente dos pilotos da Ganassi, que foram capazes de ganhar terreno no momento em que a noite caiu.

Bourdais ainda ensaiou uma briga maior com Dixon, mas uma sanção o tirou de cena. Foi aí que Kamui Kobayashi surgiu com o Cadillac #48, enfrentando agora Van der Zander, que assumira o lugar do neozelandês. O japonês passou a liderar a corrida até a troca com Jimmie Johnson, que não foi capaz de manter o rendimento. Isso permitiu que Albuquerque, com o Acura #10, tomasse a frente. Magnussen vinha em segundo. A ponta viria logo mais, após a parada do português.

Assim, a Ganassi voltou para a dianteira nas primeiras horas da manhã, mas Van der Zande tinha um rápido Kobayashi na cola. Só que a disputa terminou com uma rodada do nipônico. Logo depois, a batalha ganhou novos protagonistas, com Magnussen e Rossi disputando a liderança, após as paradas nos boxes. Aí o Acura #31 de Nasr e Derani apresentou uma falha de câmbio, o que os tirou a chance de lutar pelo triunfo.

Enquanto isso, as atenções se voltaram para a briga entre Albuquerque e Van der Zande na ponta, com direito a belas trocas de ultrapassagem. A disputa, no entanto, acabou no furo de pneu do carro #01. A partir daí, o Cadillac #10 caminhou firme para a vitória.

Kobayashi, Simon Pagenaud, Mike Rockenfeller e Johnson terminaram a corrida em segundo, à frente de Harry Tincknell, Oliver Jarvis e Jonathan Bomarito, no Mazda #55.

Helio Castroneves abraça Alexander Rossi após a vitória em Daytona (Foto: Reprodução)

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Confira como foram as 24 Horas de Daytona

Pole-position, Felipe Nasr manteve a liderança após a largada, mas teve de se defender do ataque inicial de Loïc Duval, que não pode seguir o brasileiro por muito tempo, sendo superado por Dane Cameron ainda no quarto giro. Porém, o dono do carro #60 acabou escapando em seguida e caiu para quarto, atrás de Renger van der Zande, no Cadillac da Chip Ganassi, e logo à frente de Filipe Albuquerque.

Mais atrás, o início da corrida ainda viu a rodada do Porsche guiado por Kevin Estre. Bruno Spengler, de BMW, tocou a traseira do carro alemão e provocou a quebra do para-choque traseiro, o que forçou a parada precoce nos boxes. Spengler foi punido pelo incidente.

Com três horas de prova e uma bandeira amarela de 30 minutos, a disputa passou a ter Tristan Vautier como líder. Nasr e Johnson foram aos pits e perderam a liderança. Já o carro da Ganassi, guiado por Van der Zande, pulou para terceiro. Mas Ricky Taylor foi quem ganhou mais, assumindo a liderança após o reinício da corrida. A madrugada e o início da manhã, no entanto, acompanharam uma disputa apertada entre a Ganassi, Wayner Taylor e a Action Express.

A equipe Ganassi ganhou vantagem durante a noite em Daytona (Foto: Reprodução)

A corrida em Daytona entrou no quarto final com Rossi na liderança da disputa. A bordo de um Acura ARX-05, o piloto da Wayne Taylor aproveitou o ritmo forte do carro #10 e bom trabalho no pit-stop para tomar o comando no início da manhã, à frente de Magnussen, que guia um Cadillac DPi-V.R, da Ganassi, e Nasr, da Action Express.

Pouco depois, porém, o brasileiro teve um problema com o câmbio do Cadillac #31, o que acabou com as chances de Nasr na corrida.

“Foram duas coisas diferentes, mas não acho que estejam conectadas”, contou. “Tivemos um problema com o sistema de exaustão, foi por isso que o carro soava meio estranho. Continuamos, o carro tinha ritmo, mas quando estava saindo da curva 6, na transição para a curva, perdi força mudando de terceira para quarta marcha”, seguiu.

“Ouvi um estouro bem grande do câmbio, então a quarta marcha já era. Não sei o que dizer. Me sinto péssimo por todos. Fizemos um ótimo trabalho ao longo de todo o fim de semana, na semana passada com a pole. Vamos ter de voltar com mais sorte na próxima vez”, completou.

Faltando três horas, o #10 estava nas mãos de Albuquerque, e o português segurava a ponta após punição a Magnussen: o ex-F1 girou as rodas enquanto parado nos boxes, erguido, e foi punido com drive-through. Para piorar, logo em seguida um pneu furou com após troca de piloto: saiu o dinamarquês, entrou Dixon, veio o problema.

A segunda posição, então, apareceu para Mike Rockenfeller, com o #48 da Action Express. Ao mesmo tempo, AJ Allmendinger colocou 0o #60 da Meyer Shank em terceiro, também passando Dixon.

A hora final, porém, começou com uma possível reviravolta: agora com Renger van den Zande, o #10 da Ganassi voltou à ponta, graças às paradas dos antes líderes. Albuquerque retornou dos boxes em terceiro, atrás ainda de Kobayashi, que buscava a terceira vitória em Daytona. O nipônico não pode com o Cadillac #10, que foi ainda para cima do homem da Ganassi. A disputa se tornou tensa nos momentos finais, mas um pneu furado acabou por tirar Renger da briga, o que abriu caminho para a Wayne Taylor.

A classe LMP2 foi conquistada pela Era Motorsport, Oreca #18, guiado por Kyle Tilley, Ryan Dalziel, Paul-Loup Chatin e Dwight Merriman. O quarteto enfrentou uma batalha contra o carro #8 de John Farano, Gabriel Aubry, Tim Buret e Matthieu Vaxiviere.

Estreando nas 24 Horas de Daytona, a categoria LMP3 viu a vitória do carro #74 da Riley Motorsport. O modelo tinha ao volante os pilotos da Indy Oliver Askew e Spencer Pigot, além de Scott Andrews e Gar Robinson.

Na categoria GTD, Maro Engel e Daniel Serra travaram um bom duelo no início da corrida, mas pouco antes da marca de 18 horas, o brasileiro tomou o comando com a Ferrari 488 GT4 Evo da AF Corse. Andrea Caldarelli tinha o terceiro posto, à frente de Trent Hindman. Na última hora, porém, quem entrou à frente foi Engel, em uma das batalhas mais divertidas das 24 horas contra o brasileiro. O triunfo ficou mesmo nas mãos do alemão.

Os demais brasileiros em Daytona

Na briga na DPi, Nasr e Derani ficaram com a oitava colocação no geral. Augusto Farfus, de BMW, ficou em 13º na tabela geral, enquanto Serra terminou em 29º e oitavo na classe. Marcos Gomes não completou a prova. Todos os três na categoria GT.

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