Fuoco supera Kubica e puxa 1-2-3 da Ferrari nos 1812 km do Catar do WEC

Os 1812 km do Catar, etapa de abertura da temporada 2025 do Mundial de Endurance (WEC), foram eletrizantes do início ao fim e mostraram muita competitividade entre as equipes, tanto na classe dos hipercarros quanto entre os LMGT3. Por fim, Antonio Fuoco soube tirar proveito de cada oportunidade, mostrou consistência nos últimos stints e cruzou a linha de chegada na primeira posição com a Ferrari #50.

Após Antonio Giovinazzi conquistar a pole-position de maneira magistral com a Ferrari #51, James Calado largou bem e conseguiu segurar o ímpeto dos adversários durante a primeira hora da prova para se manter na primeira posição e abrir 7s de vantagem antes da primeira rodada de pit-stops. Logo atrás, Nicklas Nielsen foi mais esperto do que Kevin Magnussen e ultrapassou o BMW #15 nos instantes iniciais, levando a Ferrari #50 ao segundo lugar.

O ex-piloto da Haas na Fórmula 1 seguia consistente no top-3, mas sofreu com um problema eletrônico após o fim da primeira bandeira amarela e acabou despencando para a nona posição, abrindo caminho para René Rast, a bordo do BMW #20, escalar o grid e subir para o quarto lugar, atrás de Ferdinand Habsburg, na Alpine #35, e à frente de Robert Kubica, da AF Corse #83, quinto colocado.

Com o Cadillac #38 da Jota, Earl Bamber largou da quinta colocação, mas acabou se envolvendo em um incidente com James Cottingham, da McLaren #59 da United Autosports, que compete na classe LMGT3, e rodou, caindo para o 17º lugar. Enquanto isso, Julien Andlauer teve de levar o Porsche #5 mais cedo aos boxes por causa de um furo no pneu e deixou o top-10.

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Após duas horas de corrida, algumas situações inusitadas começaram a acontecer. A principal delas envolveu os dois carros da Jota, que puxavam o pelotão durante o safety-car causado pelo Mercedes #61 da Iron Lynx, que teve problemas. Momentos antes da relargada, Alex Lynn, no Cadillac #12, julgou errado a distância que tinha para Jenson Button, no #38, e acabou acertando a traseira do companheiro de equipe. Ambos, claro, tiveram de ir aos boxes para consertar os danos e acabaram perdendo muitas posições.

Como resultado, a Ferrari voltou a colocar três carros nas primeiras posições. Antes disso, porém, o #51 da escuderia de Maranello se envolveu em um duelo com o BMW #15, que acabou levando a pior, rodou na pista e viu as chances de vitória ficarem mais distantes. Ao mesmo tempo, o Aston Martin Valkyrie #009, estreante no WEC em 2025, apresentou um problema na porta — que acabou se soltando — e teve de realizar uma parada forçada, com Alex Riberas assumindo o lugar de Harry Tincknell.

No fim das primeiras três horas, Govinazzi liderava, seguido de perto por Fuoco e Yifei Ye. Robin Frijns mantinha o BMW #20 em quarto lugar, enquanto Brendon Hartley liderava a recuperação da Toyota e colocava o #8 no top-5. Na LMGT3, Fenn Gehrisitz ocupava a primeira posição com o Lexus #78.

Na metade da corrida, a Ferrari #51 acabou recebendo duas punições — uma por infração durante o regime de safety-car virtual e outra por excesso de velocidade no pit-lane — e viu a #50 ocupar o topo da tabela. Naquele momento, Nyck de Vries, no Toyota #7, encontrava-se na terceira posição. Ryo Hirakawa, no Toyota #8, e Rast, no BMW #20, completavam o top-5

No entanto, após a relargada do terceiro safety-car, causado por detritos deixados pelo Proton #99, Phil Hanson conseguiu superar Miguel Molina e colocou a AF Corse #83 na ponta. A situação seguiu da mesma forma após a quarta entrada do carro de segurança, que teve de intervir quando o Ford Mustang #77 viu o motor pegar fogo e teve de encostar na lateral da pista.

Hanson conseguiu segurar Molina por mais algumas voltas, mas o espanhol acabou pressionando na reta principal momentos depois e retomou o primeiro lugar. Desta forma, tudo parecia estar se encaminhando para a vitória do #50 já naquele momento, mas as duas últimas rodadas de pit-stops acabaram colocando ainda mais lenha na fogueira.

Após assumir a AF Corse #83 durante a penúltima troca de pneus, Kubica apertou o ritmo e se aproximou muito do #50 quando Fuoco saía do pit-lane. Algumas curvas depois, entretanto, o polonês soube tirar proveito dos pneus frios do adversário e ultrapassou o italiano no momento em que o cronômetro marcava 1h38min para a bandeira quadriculada.

Mas uma nova reviravolta veio a acontecer quando restavam menos de 50 minutos para o fim. Na última ida aos boxes, a Ferrari #50 decidiu não trocar os pneus e ainda encurtar o tempo de abastecimento, voltando à pista com uma vantagem de aproximadamente 8s em relação ao segundo colocado. A partir deste momento, Fuoco precisou apenas administrar a distância para cruzar a linha 2s348 à frente.

Por sua vez, Kubica ainda teve de lidar com a pressão imposta por Alessandro Pier Guidi, na Ferrari #51, que se aproximou muito nos giros derradeiros e tentou diversas manobras para cima do veterano polonês, mas acabou não conseguindo encontrar uma brecha e teve de se contentar com o terceiro lugar, apenas 0s329 atrás.

Mas a emoção não ficou apenas por conta dos hipercarros. Na LMGT3, Daniel Juncadella, no Corvette #33 da TF Sport, superou Grégoire Saucy, da United Autosports #59, por uma margem ainda menor na linha de chegada, já que apenas 0s439 separavam os dois. Timur Boguslavskiy, a bordo do BMW #31 de Augusto Farfus, completou o top-3. O Aston Martin #10 de Dudu Barrichello terminou em nono.

O Mundial de Endurance retorna somente no fim de semana do dia 20 de abril, com as 6 Horas de Ímola, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari. O GRANDE PRÊMIO exibe a temporada completa do WEC 2025 no canal do YouTube, e também na GPTV, que pode ser vista no 702 da LG, no 1011 da TCL e em site e app da SóPlay.

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