5 coisas que aprendemos no GP do Azerbaijão, 17ª etapa da Fórmula 1 2024
Oscar Piastri mostrou poder de decisão e aproveitou a brecha dada por Charles Leclerc para vencer o GP do Azerbaijão. Lando Norris bateu Max Verstappen e ao menos conseguiu descontar alguns pontinhos em busca da ainda bastante improvável reação rumo ao título da F1 2024
Oscar Piastri conquistou uma vitória crucial no GP do Azerbaijão. Em uma corrida disputadíssima neste domingo (15), com três equipes com chances reais de triunfar, o australiano aproveitou a brecha dada por Charles Leclerc e carregou a McLaren para a liderança do Mundial de Construtores.
O monegasco chegou em segundo, com George Russell aproveitando a colisão dura entre Sergio Pérez e Carlos Sainz para abocanhar a última vaguinha no pódio. Lando Norris, em corrida de recuperação, e Max Verstappen, irreconhecível, fecharam o grupo dos cinco primeiros.
A ‘F1 B‘ fez a festa com o abandono do mexicano e do espanhol e chegou em sexto com Fernando Alonso, seguido pela dupla da Williams, que teve Alexander Albon na frente de Franco Colapinto. Lewis Hamilton se arrastou ao nono lugar, enquanto Oliver Bearman completou o top-10.
O GRANDE PRÊMIO separou cinco coisas que aprendemos no GP do Azerbaijão, 17ª etapa da Fórmula 1 2024:
Piastri aproveita porta aberta, vence e balança McLaren
Piastri fez uma corrida muito segura, mas a ultrapassagem para cima de Leclerc foi de quem estava decidido a triunfar. O australiano teve mais um primeiro stint arrastado, como tem sido marca da McLaren, mas cresceu no segundo, também tendência atual do time. E aí, mesmo em desvantagem na quantidade de voltas dos pneus, deu o bote quando Charles menos esperava e mergulhou, firme, certeiro. Depois, fez ótima atuação defensiva para conter os rivais. Vitória de gente grande e que faz questionar, sim, se Norris vai seguir como primeiro piloto da equipe. Aliás, ironicamente na primeira corrida em que supostamente priorizaria Lando, a McLaren já mandou o inglês defender adversários para ajudar Oscar.
Norris faz corrida morna, mas suficiente para bater irreconhecível Verstappen
Não dá para dizer que Norris fez uma grande corrida, prova disso é o tempo que perdeu atrás de Albon no primeiro stint, mas foi uma boa recuperação. O resultado final ficou muito barato, aliás, para quem ficou em 17º na classificação. Lando começou a ganhar posições desde ontem, com a punição de Pierre Gasly, depois com Lewis Hamilton. O que importa no fim é que Verstappen estava absolutamente apático e ficou atrás do inglês. 3 pontos é pouco para tirar Norris considerando a desvantagem? Sim, mas era corrida para levar atraso, minimizou legal os danos e ainda viu o adversário cabisbaixo de novo. Precisa acreditar, a superioridade do equipamento hoje é nítida.
Leclerc vacila e perde chance de voltar a sonhar: momento 2022?
Leclerc saiu desapontado com o segundo lugar e tem todos os motivos para tal. Aliás, a própria Ferrari não escondeu a frustração com a derrota para a McLaren, simplesmente porque tinha carro, havia meios de vencer e isso provavelmente teria acontecido não fosse um inexplicável vacilo ao deixar a porta escancarada para Piastri. A maldição de Baku segue, com quatro poles e nenhuma vitória, mas o mais importante aqui é que Charles falhou justamente quando os rivais sofreram e a chance de título, ainda que mínima, poderia voltar. Foi um pouco do filme de 2022, sim.
Pérez faz melhor corrida em muito tempo, mas acaba zerado no Azerbaijão
Foi um pecado Pérez sair sem pódio e, pior, sem ponto algum de Baku. O mexicano realmente tem algo especial com o traiçoeiro circuito azeri e, mesmo vivendo um momento muito ruim, é capaz de produzir coisas boas por lá. Fez corrida digna, cuidou legal dos pneus, teve o segundo lugar mas mãos, mas forçou no lado errado contra Leclerc e depois se envolveu na pancadaça com Sainz. Até podia ter feito mais para evitar o acidente, mas dá para entender o desespero para voltar ao pódio. Era a chance das chances.
Russell carrega Mercedes que não faz ideia de onde veio pódio no Azerbaijão
Não dá para explicar muito bem como a Mercedes foi parar no pódio no Azerbaijão, ela mesma fala isso. Os prateados não tinham ritmo e isso ficou evidenciado na corrida fraquíssima de Hamilton, afundado no meio da ‘F1 B’. Russell foi melhor, competiu mais, passou Verstappen, não deixou Norris chegar. Foi no limite e acabou chegando lá com a batida entre Sainz e Pérez. Troféu, bacana, mas sinal de alerta ligado para um time que caiu de novo.
A Fórmula 1 volta na semana que vem, de 20 a 22 de setembro, em Singapura, 18ª etapa da temporada 2024, nas ruas de Marina Bay.
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