Acordo da Lotus com grupo Quantum ainda não foi finalizado, diz Boullier: "Há uma discussão em andamento"

 

O futuro da Lotus segue cada vez mais complicado e incerto. Depois de enfrentar graves problemas financeiros e ficar a temporada 2013 quase inteira sem pagar salários a Kimi Räikkönen – a ponto de perder o finlandês para a Ferrari –, o time anunciou com pompa um acordo financeiro com o grupo Quantum, de propriedade do empresário Mansoor Ijaz.

 

A parceria, contudo, já nasceu obscura. Embora tenha exigido a contratação de Nico Hülkenberg, Ijaz não ofereceu garantias suficientes para a escuderia e, a bem da verdade, até o momento o acordo não está garantido. A situação levou a esquadra preta e dourada a um impasse que pode custar até mesmo a vaga de Romain Grosjean, outrora dado como certo para 2014, já que Pastor Maldonado já fechou contrato para o próximo ano.

No meio de toda essa confusão política, Éric Boullier, chefe da Lotus, reconheceu que a situação ainda está em fase de negociação. "Ainda há uma discussão em andamento agora, entre os banqueiros. O processo ainda não está totalmente concluído, mas acho que parte disso já foi feito, o que é um bom sinal para o fim de semana", salientou. "Esperamos, obviamente, que tudo esteja fechado até o início da próxima semana."

 

Além de ver o próprio futuro em risco, em uma primeira análise a escuderia britânica corre o risco de sair perdendo nas negociações para a formação de sua dupla para o próximo campeonato. "Você precisa ter o pacote certo para pegar o piloto certo, mas, muitas vezes, talvez o piloto certo é que tenha o pacote certo."

 

"Faremos o nosso melhor para manter nossos pensamentos todos juntos. Este é o ponto principal, certificar que a equipe está unida e os ingredientes básicos estão a bordo para oferecer o melhor pacote possível. Ainda estou confiante de que vamos conseguir um dos caras que eu quero", encerrou Boullier, um tanto quanto cético.