Agora maior, Hamilton elege momento mais difícil da carreira: a saída da McLaren

Lewis Hamilton acertou em cheio ao trocar a McLaren pela Mercedes, mas isso não quer dizer que foi decisão simples de ser tomada. O britânico recorda que foi difícil abrir mão da lealdade para deixar Woking ao fim da temporada 2012

Uma análise superficial dos resultados da carreira de Lewis Hamilton leva a crer que não houve momentos difíceis na Fórmula 1. Afinal, o britânico sempre lutou por vitórias, tendo agora 91 delas e contando os dias para virar heptacampeão. Só que não foi bem assim: olhando para trás no dia em que igualou o recorde de triunfos de Michael Schumacher, Lewis recordou a dureza que foi deixar a McLaren para assinar com a Mercedes ao fim de 2012.

“Acho impossível dizer qual foi o momento mais difícil porque todos nós, como indivíduos, atravessamos diversos momentos difíceis, principalmente com grandes decisões”, disse Hamilton, logo após a vitória no GP de Eifel. “Acho que, apesar de parecer ótimo agora, todo mundo falou de forma negativa quando escolhi ir para a Mercedes. Não sei como, mas eu sempre soube que era a decisão certa para mim, que queria fazer parte dessa jornada”, seguiu.

Foi através da McLaren que Lewis Hamilton virou um grande nome da F1 (Foto: Bridgestone Motorsport)

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Hamilton tomou a decisão após anos de frustração na McLaren. Depois do título em 2008, a equipe ficou claramente atrás de rivais, principalmente da Red Bull de Sebastian Vettel. Além disso, a difícil briga interna com Jenson Button virou grande incômodo. A aposta no projeto da Mercedes, viabilizada por conversa com Niki Lauda, era uma tentativa de reanimar do então dono de um único título mundial.

“Eu cresci com uma equipe sedenta por sucesso [Mercedes], mas eu diria que esse foi um dos momentos mais difíceis”, destacou. “É que eu fui uma pessoa muito leal, creio. Estive com a McLaren-Mercedes desde os 13 anos e deixar a equipe que me deu uma vaga nesse esporte foi muito, muito difícil para mim. Ligar para o chefe e dizer que você está de saída é algo doloroso e emocionalmente difícil. Só que ainda estou com a Mercedes e cada corrida, cada vitória, foi com um motor Mercedes. Sou muito grato por isso”, continuou.

Hamilton ainda não está isolado como piloto mais vitorioso da F1, mas o 92° triunfo parece apenas questão de tempo. Restam seis etapas na temporada 2020, a próxima delas em Portugal, em um trajeto que muito provavelmente trará o sétimo título mundial.

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