Prost diz que “odeia” grid invertido e avisa: “Vou embora da F1 se tivermos isso”

Alain Prost, tetracampeão da F1 e diretor não-executivo da Alpine, pensa como alguém “aberto, mas tradicionalista”. É por isso que o francês manifesta repulsa à ideia do grid invertido

Romain Grosjean acerta muro durante exibição com pace-car da Indy em Laguna Seca (Foto: Reprodução/Romain Grosjean)

Alain Prost está aberto a mudanças na Fórmula 1, mas tudo tem limite. No caso do tetracampeão, é a proposta de inversão de grid: o francês avisa que, caso a ideia vire realidade, a solução vai ser abandonar o posto de diretor não-executivo da Alpine e virar as costas para a categoria.

O argumento de Prost é que não vale a pena romper com algumas tradições. No caso, o espírito de um esporte que premia os melhores precisa ser mantido, sem inverter grid em nome do entretenimento.

“Eu gosto muito de testar coisas novas, mas você precisa entender qual é o motivo por trás dessas decisões”, disse Prost. “A Fórmula 1 precisa seguir tradicional, com tecnologia, sendo o ápice do esporte a motor. Precisamos entender que a melhor equipe vai vencer por ser a melhor, esse é o espírito da Fórmula 1. A ideia do grid invertido é algo que eu odeio. Eu odeio. Eu acho que iria embora se tivermos isso de grid invertido. Acho que é a pior ideia possível. Prefiro que uma equipe domine, porque eles vão ter feito o trabalho necessário. Eu sou aberto, mas sou tradicionalista”, destacou.

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Alain Prost simplesmente odeia o conceito de inversão de grid (Foto: Reprodução)

Em contrapartida, Alain entende que alguns ajustes são necessários. O exemplo do francês é a série de mudanças no sistema de pontuação, que passou a contemplar os dez primeiros após décadas de premiação apenas ao top-6.

“Eu lembro que em 1982 nós todos terminamos umas cinco corridas no ano inteiro porque a confiabilidade dos carros era muito ruim. A confiabilidade hoje é fantástica. Se você ainda tivesse o formato de seis primeiros conseguindo pontos, algumas equipes nunca teriam pontos. Você precisa fazer ajustes de alguma forma”, comentou.

A ideia do grid invertido foi debatida nos últimos anos, mas não avançou. A alternativa encontrada pela F1 foi a corrida de classificação, testada em três GPs de 2021. A proposta faz parte dos esforços da gestão da categoria de variar formatos e apelar a uma nova geração de fãs.

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