Albon nega arrependimento com Red Bull e cita valor de “processo”: “Sou melhor agora”

Alexander Albon falou ao GRANDE PRÊMIO sobre o quanto a passagem complicada pela Red Bull no início da Fórmula 1 foi fundamental para o progresso visto hoje com a Williams e ainda assegurou que, se tivesse de voltar para lá, "passaria uma borracha nisso"

Até hoje, a passagem de Alex Albon pela Red Bull é muito lembrada pelos problemas que o fizeram perder consistentemente para Max Verstappen nas 26 corridas em que vestiram juntos as cores dos taurinos. Hoje, no entanto, o notável progresso com a Williams o coloca como um dos destaques da temporada 2023 da Fórmula 1, e o tailandês entende que isso só acontece justamente graças ao conturbado período com a base em Milton Keynes.

Em 2019, Albon foi promovido da Toro Rosso para o time principal após o GP da Hungria, disputando as nove corridas seguintes e fazendo ainda a temporada 2020 completa. A passagem, no entanto, foi muito mais complicada do que o esperado, com o piloto batendo o então companheiro Verstappen uma única vez em classificação. Em corridas, o placar também foi elástico: 17 a nove a favor do holandês, que venceu cinco corridas durante o período, enquanto Alex teve dois terceiros como melhores resultados.

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO na quinta-feira (2), em Interlagos, Albon relembrou os dois primeiros anos na F1 sob a ótica atual, com a Red Bull hoje muito mais dominante e ele mesmo um dos melhores do o grid, apesar de guiar um dos quatro piores carros da F1 2023, a Williams. Por tudo o que aconteceu após 2020, acha que merecia ter ficado mais tempo por lá?

Alexander Albon correu na Red Bull em 2019 e 2020 (Foto: Rodrigo Berton/Warm Up)

“Merecer ou não é uma coisa difícil de dizer, porque isso nunca aconteceu”, começou ao GP. “O que posso dizer é que com a experiência que eu tenho agora, acho que meus anos seguintes na Red Bull teriam sido muito diferentes”, acrescentou.

“Acho que com o que aprendi nesses quatro anos, não estaria na mesma posição em que estava em 2019 e 2020. Mas isso tudo é parte do processo”, seguiu Albon, refletindo sobre a importância das temporadas iniciais na caminhada da F1.

“Sabe, a razão pela qual estou melhor agora é porque aprendi com esses erros”, avaliou o #23. “Entendo por que foi difícil para mim. Se eu não passasse por esse tempo difícil, talvez não seria a mesma pessoa que sou agora. Portanto, não tenho arrependimentos”, assegurou.

Enquanto Albon é visto como um dos nomes mais quentes do mercado de pilotos ao final do ano que vem, a Red Bull ainda terá uma vaga aberta: a de Sergio Pérez, uma vez que o time chefiado por Christian Horner só deve segurar o mexicano apenas até o final do contrato atual. Será, portanto, um dos lugares mais cobiçados do grid, e Alex não deixa de ser apontado como um nome interessante.

Mas seria possível imaginar um retorno à equipe dos energéticos após a complicada primeira experiência? Albon deixou claro ao GP que voltar à Red Bull é, sim, uma opção. “Como é para qualquer equipe”, enfatizou.

“Não faz diferença qual time é. Mas, para mim, o foco principal é estar em uma equipe, e, sim, posso passar uma borracha nisso”, concluiu.

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