Alfa Romeo vê Bottas “líder diferente” após anos “na sombra de Hamilton” na Mercedes

O momento de Valtteri Bottas na carreira é completamente diferente agora, na Alfa Romeo, aos tempos em que estava na Mercedes. Antes um clássico segundo piloto, agora Bottas é quem controla a situação e dá as ordens na Alfa Romeo. O chefe da Alfa Romeo, Fréderic Vasseur, encheu o finlandês de elogios. Para ele, Bottas se transformou num líder completo para a equipe da Fórmula 1.

De acordo com Vasseur, apesar de Bottas ter sofrido com críticas ao longo da meia década em que esteve na Mercedes, não havia qualquer dúvida de que se sairia muito diferente no caso de assumir o posto de #1 em alguma equipe. Foi o que aconteceu na Alfa Romeo.

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Bottas se diz “em um lugar feliz” na Alfa Romeo: “Posso ser minha melhor versão”

“Não estou surpreso. Temos uma relação profissional há 15 anos, Valtteri guiou para mim em 2008 e 2009. Conhecemos um ao outro muito bem e sempre mantivemos contato. Não quero traçar comparações com a Mercedes, porque eles foram campeões sete anos seguidos, mas ele sempre esteve na sombra de Hamilton. Eu estava convencido de que ele seria diferente quando se tornasse o líder. Acho que tomou essa direção”, afirmou.

Vasseur vai adiante e avalia a posição de Bottas não apenas na pista, mas no aspecto geral.

“Para mim, tem feito um trabalho perfeito desde o começo da temporada. Tivemos alguns problemas no começo, mas isso foi porque nos faltou quilometragem nos testes de pré-temporada. Valtteri tem feito um trabalho fantástico”, falou.

“O valor que ele trouxe à equipe é muito maior fora do carro: é nas reuniões e na fábrica. É um fato que ele sempre pensa na equipe e não nele mesmo. Está sempre pensando tirar o máximo de 500 pessoas que trabalham em nossa fábrica. Todas as vezes que ele vai ao simulador [na Suíça] passa duas horas fazendo um tour na fábrica, departamento por departamento. Está tentando motivar o pessoal, é a parte invisível do trabalho, mas para mim é ótimo”, afirmou.

“Somos uma equipe menor que as outras porque temos mais ou menos 250 pessoas a menos que equipes como Alpine e Williams. Precisamos do melhor de todo mundo. Valtteri e também [Guanyu] Zhou estão fazendo um trabalho fantástico. Está convencido de que motivar é parte do trabalho dele. Quando ele chega, sobe no palco e fala com todo mundo. É muito difícil colocar um preço e comparar com o valor do tempo de volta, mas é crucial. Temos de ser mais reativos e eficientes que outras equipes, porque somos menores. Para mim, é um valor agregado de mega importância”, seguiu.

De acordo com o chefe da Alfa Romeo, Bottas se tornou um grande motivador na equipe.

“Motiva todo mundo na equipe, desde os guardas até o pessoal de produção, engenheiros, aerodinamicistas e os departamentos de marketing e finanças. Em nosso negócio, as coisas funcionam um pouco diferentes de outras companhias do mundo. Outras companhia têm balanços quadrimestrais, algo assim, mas temos revisões semanais que também são públicas”, explicou.

“Depois, encontramos os jornalistas quando as coisas vão mal. O mais importante para mim, entretanto, é que o estafe seja convencido de que é parte do resultado. Se acharem que não são, perdem parte da motivação. Se trabalharmos bem como equipe, aparecemos mais, atraímos mais patrocinadores e temos mais orçamento para desenvolvimento. É a chave do sucesso. Bottas consegue transmitir isso para a fábrica”, comentou.

A F1 volta na semana que vem, com o GP do Azerbaijão.

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