Alonso encara saída da McLaren como despedida da F1. Mas faz ressalva: “A vida muda muito rápido”

Ainda que diga abertamente que está de saída da F1 por não ter condições de acelerar um carro competitivo e lutar por títulos, Fernando Alonso deixa as portas abertas para um eventual retorno: “Não tenho bola de cristal para saber o que vai acontecer no futuro”

A primeira parte da entrevista coletiva que marca a retomada da temporada 2018 do Mundial de F1, nesta quinta-feira (23), em Spa-Francorchamps, o futuro foi muito mais abordado do que o presente. Na mesa, os quatro protagonistas das movimentações do verão europeu: Pierre Gasly, Daniel Ricciardo, Carlos Sainz e Fernando Alonso. O bicampeão tornou-se o centro das atenções no mundo do esporte depois de anunciar a saída da McLaren na F1 ao fim da atual temporada.
 
No entanto, Alonso deixa as portas abertas para um eventual retorno à categoria rainha do automobilismo, mas deixa claro que tal possibilidade só vai acontecer se puder contar com um carro capaz de lutar por títulos, o que não é o caso neste momento.
 
“Por agora, estou pensando que é uma despedida. Mas a vida muda muito rápido. Não tenho bola de cristal para saber o que vai acontecer no futuro”, ponderou o bicampeão, ciente que lutou muito para ter um carro forte o bastante e à altura do seu potencial, mas que não vai ser possível em 2019, por isso a saída da F1 e da McLaren.
Fernando Alonso decretou sua saída da F1, mas deixa as portas abertas para um eventual retorno (Foto: McLaren)

“Quero dizer adeus a este esporte enquanto me sinto forte, não quando não me sentir competitivo ou não tiver um lugar para ir. Prefiro tomar minha decisão e buscar novos desafios que a F1 não pode me proporcionar no momento”, explicou o espanhol.

 
“Não fiquei porque, como disse na semana passada, para vencer agora só há duas equipes, e elas já têm seus pilotos definidos durante os próximos dois anos. E esta F1 não é a mesma desde quando cheguei, em 2001”, continuou.
 
Questionado pelos jornalistas a respeito, Alonso reforçou que a chance de vencer as 500 Milhas de Indianápolis e confirmar a conquista da Tríplice Coroa é o que mais o atrai. Fernando já tem duas coroas: o GP de Mônaco e as 24 Horas de Le Mans.
 
“A Tríplice Coroa é algo que eu venho mencionando há alguns anos. Para ser o melhor piloto do mundo há duas possibilidades: ser oito vezes campeão na F1 ou, a segunda, conquistar categorias diferentes com carros distintos”, ponderou.
 
A partir deste fim de semana, Alonso inaugura uma nova fase com a McLaren. Além de ainda buscar os melhores resultados, piloto e equipe já começam a trabalhar visando 2019, quando Carlos Sainz vai ocupar seu lugar. Nesta sexta-feira, Fernando já vai dar lugar a Lando Norris no primeiro treino livre do GP da Bélgica.
 
“Nossos objetivos neste momento, para as próximas corridas, estão em poder preparar o carro para a próxima temporada. A equipe é incrível”, destacou o bicampeão, que sonha em ver o compatriota e amigo desfrutando de uma condição melhor do que ele tem neste momento na McLaren. “Espero que Sainz encontre um carro mais competitivo melhor. A McLaren é incrível, a segunda melhor equipe neste esporte, esperamos deixar um carro bom”, concluiu.
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