AlphaTauri aprova intervenção e diz que FIA “faz ótimo trabalho” para conter porpoising

Franz Tost, chefe da base em Faenza, disse que a FIA "reagiu bem" nas mudanças do regulamento para conter o porpoising, destacando ainda que, a partir de agora, as equipes "já sabem qual limite não pode ser ultrapassado"

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciou na terça-feira (16) várias mudanças importantes no regulamento para as próximas temporadas da Fórmula 1, e uma em especial já era esperada pelas equipes: a entidade decidiu mexer na altura dos carros para conter o porpoising, fenômeno decorrente da volta do efeito-solo à categoria. E a determinação deixou a AlphaTauri satisfeita.

Para 2023, a altura do assoalho será aumentada em 15 mm. A altura do funil do difusor também será aumentada, com cuidados para evitar qualquer impacto nos projetos dos componentes mecânicos das equipes. A rigidez da borda do difusor será aumentada e um sensor adicional será obrigatório para monitorar o fenômeno de forma mais eficaz.

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A AlphaTauri gostou da forma como a FIA reagiu para conter os quiques dos carros (Foto: AlphaTauri)

Na opinião de Franz Tost, chefe da base em Faenza, “a FIA está fazendo um bom trabalho quanto ao regulamento”. “Não é tão fácil quando as equipes usam a segurança para mudanças no regulamento por causa desses saltos, e assim por diante. A FIA reagiu bem”, acrescentou o dirigente, em entrevista ao site GPFans.

A entidade já havia anunciado para o GP da Bélgica a diretiva técnica para medir o fenômeno e obrigar as equipes a operarem dentro de um limite considerado seguro para os pilotos. Além disso, a FIA aprovou mudanças para redefinir os requisitos de rigidez do assoalho e peças ao redor dos furos de medição de espessura já neste ano.

“Agora temos a métrica, eles criaram uma diretriz técnica. As equipes já sabem exatamente quais são os limites e precisam ficar dentro deles”, destacou Tost. “Agora cabe às equipes resolver isso para que os carros não quiquem de uma forma que façam os pilotos perderem o controle”, completou.

Além da Mercedes, a AlphaTauri também é uma das equipes que mais sofreu esse ano com os quiques dos carros, tanto que Pierre Gasly chegou a pedir ajuda da FIA para evitar que pilotos “usem bengalas aos 30 anos”. “A equipe fica me perguntando: ‘Ok, podemos comprometer o acerto?’. E eu estou comprometendo a minha saúde pela performance. E vou sempre fazer isso, pois sou um piloto e vou sempre buscar o carro mais rápido que posso. Mas não acho que a FIA deveria nos colocar em um beco onde temos de lidar com saúde ou desempenho”, avaliou o francês na ocasião.

Além das medidas para conter o porpoising e garantir a segurança dos pilotos, FIA aprovou o regulamento para os novos motores, que serão introduzidos em 2026. A entidade também divulgou mudanças no Santo Antônio dos carros após o acidente de Guanyu Zhou no GP da Inglaterra.

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