AlphaTauri deixa centro aerodinâmico em Bicester e passa a operar em Milton Keynes

Enquanto aguarda uma decisão sobre o nome oficial da equipe para 2024, a AlphaTauri iniciou um processo de transição nas instalações. O time vai deixar de usar o túnel de vento de Bicester, na Inglaterra, e passará a operar em Milton Keynes, muito próximo da sede da equipe irmã Red Bull. As duas esquadras fazem parte do conglomerado austríaco de energéticos.

Bicester era sede do centro aerodinâmico da AlphaTauri, mas como parte da expansão do time, esta parte também será movida para Milton Keynes. A nova estrutura será maior, e o novo CEO da equipe, Peter Bayer, acredita que estar mais próximo da Red Bull pode ajudar o time na disputa do mercado de empregos na F1.

“O Centro de Performance de Milton Keynes é necessário porque a estrutura de Bicester está ficando muito pequena. Não temos espaços de estacionamento, não temos cantina. Precisamos ser um empregados atrativo. Primeiramente, isso começa com o time, com a identidade, mas também com a estrutura e as oportunidades para as pessoas seguirem uma carreira. E por isso essa estrutura será extremamente importante”, declarou Bayer ao site da revista inglesa Autosport.

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A AlphaTauri vive um momento de transição após a morte de Dietrich Mateschitz, fundador da Red Bull. Peter Bayer assumiu como o novo CEO da equipe, enquanto o antigo chefe Franz Tost deixou o posto após 16 anos, dando lugar a Laurent Mekies, que assume o cargo a partir de 2024. O grupo Red Bull recusou propostas de venda da esquadra.

“Além disso, o contrato de aluguel em Bicester está acabando, então tivemos que mudar de qualquer maneira. E a vantagem de estar obviamente mais perto da Red Bull e de seu campus é que será mais fácil para nós quando se trata de trabalho em túnel de vento, de trabalho em simulador. Então isso é tudo que facilitará a vida de todos os engenheiros”, seguiu Bayer.

Apesar do centro aerodinâmico no Reino Unido, a fábrica oficial da AlphaTauri é localizada em Faenza, na Itália. Peter admitiu que existe uma dificuldade em trazer engenheiros ingleses para morar no país. Mais da metade das equipes da Fórmula 1 têm base na Inglaterra.

“Em termos de mover pessoas, temos aerodinamicistas e designers, e a garagem está na Inglaterra. Mas atualmente estamos realizando uma campanha de recrutamento bastante intensa e agora estamos felizes em oferecer aos principais talentos britânicos um local de trabalho no Reino Unido. Porque para eles, odeio dizer isso, Faenza é linda, mas é um problema”, afirmou Peter.

“Eu lhe dou meu próprio exemplo. Quando comecei, levei minha esposa e fomos até Faenza. Ela disse: ‘Oh, é lindo’. E comemos pizza e fomos para o mar. E então ela disse: ‘Então, e a escola?’ Eu disse: ‘Não acho que haja uma’. ‘E quanto a possíveis oportunidades de emprego para mim?’ Eu não acho que [existe algum]’. Se você não fala italiano e seus filhos não são mais bebês, a mudança é muito difícil, para ser sincero”, completou.

A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro de 2024, com os testes coletivos da pré-temporada, no Bahrein. A abertura do campeonato será na mesma praça, no dia 2 de março. A AlphaTauri manterá os pilotos Daniel Ricciardo e Yuki Tsunoda.

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