Alpine se aproxima de ‘acordão’ para receber motor Mercedes. E pode valer já na F1 2025
Acordo inclui suspensão e caixa de câmbio, bem como motor, para fazer Alpine virar substituta da Aston Martin como cliente da Mercedes na Fórmula 1
O que começou como boato improvável está próximo de se tornar realidade na Fórmula 1. Alpine e Mercedes se aproximam de acordo para que a equipe francesa, do grupo Renault, abandone os próprios motores e passe a ser cliente da marca alemã nos próximos anos. Embora as conversas sejam inicialmente para 2026, quando uma nova geração de motores entra em curso, há até a possibilidade que já entre em vigor no ano que vem.
A informação é da revista inglesa Autosport. O acordo discutido inclui mais que apenas a unidade de força/motor: a Alpine ficaria também com a suspensão e a caixa de câmbio da Mercedes, nos moldes do que acontece atualmente com a Aston Martin. Aston Martin, que, por sua vez, deixa o acordo no fim do ano que vem, quando passa a ser equipe oficial da Honda na F1.
Usar a mesma suspensão traseira significa, na prática, que Alpine e Mercedes teriam o mesmo desenho na parte traseira do carro, como é o esquema atual da Aston Martin. Há bem menos liberdade conceitual no projeto. Nos últimos tempos, a Mercedes, que também fornece motores para McLaren e Williams, gostaria de contar com a marca francesa como parceira.
Há alguns meses, tornou-se pública a discussão interna da Renault sobre o sentido de continuar produzindo motores na F1 e se o custo/benefício era benéfico, uma vez que montadoras fortunas na criação, produção e atualização dos propulsores da F1. Sobretudo com a chegada de uma nova geração de motores, que, embora mais barata que a atual, precisa ser formatada desde a concepção.
Flavio Briatore, que voltou a ser figura oficial da equipe como consultor após 15 anos, é sabidamente alguém que tem questionado a fabricação de motores próprios. Inclusive, quem estava no paddock da F1 no último fim de semana, na Hungria, aponta a presença do italiano algumas vezes nas instalações mercedistas.
As necessidades da Alpine ganharam tração nas últimas semanas, conforme o anúncio de que as atuais parceiras que fornecem combustível e lubrificante para o time, bp e Castrol (que é braço de lubrificantes da bp), têm acordo com a Audi para 2026.
Após conversar com as demais fábricas para saber quem tinha interesse de fornecimento e em quais moldes, a Alpine avançou somente com a Mercedes. O acordo ainda não está com contrato assinado e não é oficial, mas a revista afirma que as bases já foram estabelecidas e acordadas em princípio. As discussão agora estão na parte de detalhes, algo que pode levar algumas semanas ou até meses.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
Aí é que está o próximo passo na informação. Segundo a Autosport, dependendo da velocidade com que os termos sejam finalizados e acordo assinado, é possível que a Alpine já utilize motores da atual rival em 2025. Para isso, porém, tem de sair logo.
Alterar o motor para o ano que vem significaria ter de ajustar um carro que está em preparação há meses para que comporte a novidade. Entretanto, seria imediatamente mais potente, uma vez que os atuais motores franceses estão abaixo dos demais neste aspecto.
Uma outra discussão é sobre o que a Renault faria com o estafe que opera na fábrica de motores de Viry-Chatillon, na França. Engenheiros e mecânicos teria de ser demitidos ou reposicionados para operação da Renault/Alpine em outras categorias.
A Fórmula 1 volta já neste final de semana, de 26 a 28 de julho, em Spa-Francorchamps, para a disputa do GP da Bélgica, o último antes das férias de verão na Europa.
🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.