Ameaça de administração legal faz Renault pagar dívidas e anunciar compra da Lotus na próxima segunda-feira, diz site

A Renault vai precisar chegar como cavalaria na próxima segunda-feira (26) e anunciar a compra da Lotus. É uma necessidade para que a Lotus não entre em administração legal pelas dívidas que tem com a Fazenda britânica

Para que a Lotus não entre em administração legal como aconteceu à Caterham e Marussia, a Renault vai aparecer no último momento e salvar o dia. Na segunda-feira (28), a Lotus tem que voltar à Suprema Corte da Inglaterra em mais um capítulo de uma batalha judicial com a Fazenda britânica, a quem deve cerca de R$ 16,2 milhões. Caso a Lotus não chegue a algum acordo – o que parece provável -, a equipe entra imediatamente em administração legal.
 
É neste panorama que a Renault vai enfim concretizar o negócio. As informações são da revista inglesa 'Autosport'. Ao evitar que a Lotus entre em administração legal ao pagar as dívidas com a Fazenda, a Renault salva o emprego de 400 funcionários da equipe de Enstone. Espera-se um anúncio da montadora francesa para a manhã da segunda, logo após a audiência na Suprema Corte.
 
Pagar as dívidas é o passo fundamental para a compra de 65% das ações da Lotus em preço combinado de cerca de R$ 390 milhões. É desta forma que a Renault voltará à F1 como uma construtora em 2016 após o fim da relação com a Red Bull.
Situação é tempestuosa para os lados da Lotus (Foto: AP)
Durante os últimos meses, enquanto a negociação vivia momentos de mais ou menos atividade, a Renault acompanhou a crise financeira da Lotus se deteriorar, com pedidos de liquidação, casos de inadimplência, dívidas aos montes e audiências em cortes pela Europa, incluindo a equipe presa em Spa-Francorchamps. Uma fonte citada pela revista diz que "tanto a Renault quanto os donos podem pagar as dívidas que estão em aberto, mas a questão tem sido quem deve pagar".
 
Neste final de semana, no Japão, a Lotus atingiu um novo fundo do poço financeiro ao não pagar a taxa da área de hospitalidade. Ou seja, o local para o almoço dos funcionários não estava disponível para a equipe. O socorro chegou de Bernie Ecclestone, que bancou os almoços assim como já tinha pago salários do time há algumas semanas. Isso tudo aconteceu após a Lotus chegar tarde em Suzuka, quando as outras equipes estavam estabelecidas, por conta da demorar para pagar as taxas de frete.
 
É um momento financeiro de calamidade, mas que contrasta com o que se vê na pista, onde a Lotus mostra uma clara evolução em 2015 em relação à 2014 – especialmente após a parada de verão.
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