Andretti-Sauber na F1: como acordo estava praticamente fechado e subiu no telhado

O negócio entre a Sauber e Michael Andretti, que parecia certo, terminou sem sucesso. De acordo com a imprensa internacional, o grupo suíço exigiu garantias não só para a sobrevivência da equipe na F1, bem como de toda a organização

A empreitada que Michael Andretti conduzia para tentar entrar na Fórmula 1 falhou, ao menos por enquanto. Isso porque o negócio para aquisição de cerca de 80% da Sauber foi cancelado. Desde agosto, quando a primeira informação sobre o interesse do ex-piloto e dirigente surgiu, houve uma intensa movimentação do conglomerado americano, e isso tomou os holofotes. No início de outubro, o Diário Motorsport, parceiro editorial do GRANDE PRÊMIO, publicou que o acordo entre o consórcio de investidores representado por Michael e a equipe suíça estava fechado e que Colton Herta, que defende a Andretti na Indy, seria titular do time na F1. Agora, esse cenário parece ter mudado completamente.

De acordo com a revista Racer, os detalhes do vínculo que seriam finalizados durante a passagem da Fórmula 1 pelos EUA foram adiados. E as conversas que estavam previstas para acontecer na semana da etapa do México foram desmarcadas.

Mas quem traz um panorama mais amplo sobre os bastidores do negócio é a publicação alemã Auto Motor und Sport, que fala em desacordos sobre os valores para assumir a escuderia com base na Suíça e gerenciá-la por um longo prazo.

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Colton Herta chegou a testar o simulador da Alfa Romeo (Foto: IndyCar)

Ainda segundo a revista, a aquisição da estrutura toda girava em torno de € 350 milhões (R$ 2,2 bilhões), além de uma garantia adicional de mais € 250 milhões (R$ 1,6 bi). Isso seria uma maneira de dar segurança à operação da esquadra pelos próximos cinco anos. Ainda, os € 50 milhões (R$ 320 mi) anuais seriam destinados a preencher a lacuna entre a receita da equipe e o limite do orçamento, caso não houvesse dinheiro suficiente em patrocínios.

A preocupação do grupo suíço é evitar que a Sauber se torne um objeto de especulação ou que deixe o grid. A Auto Motor und Sport revelou também que a chefia esquadra da F1 não foi informada de qualquer intenção de venda ou negócio de seu proprietário.

Pouco antes da visita do Mundial a Austin, havia a informação de que Herta poderia fazer parte do treino livre 1 no Circuito das Américas, no lugar de Kimi Räikkönen. Nunca se confirmou, e a paralisação das negociações também significa que o jovem piloto deve seguir com a carreira na Indy em 2022. Um dos prodígios da categoria de Indianápolis, Colton chegou a andar no simulador da Sauber em setembro, mas não houve nada além disso.

Alfa Romeo pertence a um grupo de investimentos (Foto: Alfa Romeo)

A Sauber, que corre sob o nome de Alfa Romeo na F1 desde 2019, já fechou contrato com Valtteri Bottas para a próxima temporada e estava negociando a segunda vaga. A esquadra suíça está na Fórmula 1 desde 1993, passando por diferentes mudanças de nomenclatura, como entre 2006 e 2009, quando atendeu por BMW após parceria com a montadora alemã. Foi vendida pelo fundador Peter Sauber para o grupo Longbow Finance em 2016. Desde então, mantém vínculo com a Ferrari, fornecedora de motores.

Fundada em 2003 após a compra da antiga Team Green, a Andretti é uma das mais tradicionais equipes da Indy, com quatro títulos conquistados, além de cinco vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis. Michael Andretti é dono único do conglomerado desde 2009, e já teve equipes também na American Le Mans Series, A1GP, Indy Lights, Pro 2000, USF2000, Global Rallycross, Fórmula E e Extreme E.

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