Após apontar Horner como possível sucessor, Ecclestone volta atrás e revela: "Ferrari tem poder de veto"

Após revelar desejo de "segurar a mão" do dirigente da Red Bull e levá-lo ao poder máximo da categoria, chefão da F1 mudou discurso e revelou força política da Ferrari, que pode vetar escolha, já que Luca di Montezemolo é membro do comitê da série europeia

 
A sucessão de Bernie Ecclestone na posição de homem forte da F1 é um tema cada vez mais em debate – inclusive pelo próprio britânico. Recentemente, o presidente da FOM – Formula One Management, empresa que administra a categoria – apontou Christian Horner, chefe da Red Bull, como seu substituto ideal após sua aposentadoria.
 
Contudo, o que Ecclestone deixou de considerar publicamente, na ocasião, é que a Ferrari, com sua imensa força política de sempre, possui poder de veto sobre este tipo de escolha, o que faz com que Bernie tenha que receber o aval italiano para efetivar sua opção.
 
Sem meias palavras, durante o fim de semana do GP do Brasil, o inglês elogiou Horner como substituto. "Christian seria o ideal. Eu ficaria feliz por segurar sua mão. Poderíamos ter um período de transição, e isso depende de alguém que conhece o esporte. Se vem alguém de fora, como um empresário, não duraria cinco minutos."
Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari (Foto: Getty Images)
Entretanto, diante da reação áspera de Luca di Montezemolo, que afirmou que o velho dirigente "gosta de fazer piadas", Ecclestone mudou o discurso. Novamente procurado, desconversou a respeito da intenção de escolher Horner como substituto e desviou do assunto. "Alguém me disse: 'O que acontece quando você sair? O que vai acontecer?', Christian passou e eu disse: 'Que tal ele? Ele é um bom rapaz", embromou.
 
E continuou com o discurso, revelando, então, a posição política da Ferrari em relação à escolha do novo presidente da FOM. "Em primeiro lugar, a CVC nunca concordaria, e em segundo, a Ferrari tem poder de veto. Nós devemos obter o consentimento da Ferrari por escrito antes de nomear qualquer um como diretor-executivo se, nos últimos cinco anos, ele tiver ocupado um cargo executivo alto ou ter tido uma participação de 5% na equipe."
 
Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, é membro do comitê da F1, cuja responsabilidade é a de revisar candidatos recomendados pelo Conselho.
 
Em meio ao imbróglio, outros dois nomes surgem como candidatos à vaga de Ecclestone, ainda que o chefão da categoria negue a intenção de se aposentar em breve: Justin King, presidente da rede britânica de supermercados Sainsbury, e Stuart Rose, ex-executivo da concorrente da Sainsbury, a também britânica Marks & Spencer.

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