Após clamor de Renault e Ferrari, Mercedes se mostra disposta a negociar abertura da regra dos motores para 2016

Com a “mente aberta”, Toto Wolff está disposto a conversar com as outras fornecedoras de motor da F1 para discutir a abertura do regulamento das unidades de força para 2016. Mas assim como o presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, o dirigente austríaco também evidenciou sua preocupação com o aumento dos custos caso a medida avance

Recentemente, Renault e Ferrari vieram a público para cobrar uma maior flexibilidade na regra dos motores para a temporada 2016 do Mundial de F1. O regulamento para o ano que vem prevê que as unidades de força fabricadas pelas fornecedoras devem ser homologadas até 28 de fevereiro, não sendo permitido mais nenhum tipo de desenvolvimento. Para que haja uma mudança na regra, é preciso da aprovação de todas as fábricas. Renault, Ferrari e Honda são favoráveis ao relaxamento do dispositivo. A Mercedes, apesar de ocupar uma posição dominante na F1 mesmo depois da adoção dos motores turbo V6 em 2014, está disposta a pelo menos negociar com as outras montadoras.

No último fim de semana, Christian Horner, chefe da Red Bull, disse que a Renault pode novamente deixar a F1 no fim de 2016 caso não haja uma maior flexibilidade no desenvolvimento dos motores. A fornecedora francesa vem enfrentando muitas dificuldades com a falta de potência e confiabilidade das unidades de força, e isso se reflete de forma direta na queda de performance da Red Bull nesta temporada.

Toto Wolff, da Mercedes, se mostrou aberto a negociar o relaxamento da regra dos motores para 2016 (Foto: Getty Images)

Enquanto a Honda enfrenta todas as dificuldades no seu retorno à F1 como fornecedora de motores da McLaren, a equipe britânica acionou a antiga parceira Mercedes por meio de Éric Boullier, seu diretor-esportivo. O engenheiro francês conversou com Toto Wolff e Niki Lauda, que se mostraram dispostos a conversar sobre as regras de desenvolvimento de motores.

Em entrevista ao site da revista britânica ‘Autosport’, Wolff confirmou que está aberto a negociar esse relaxamento no regulamento para o ano que vem e reconheceu a posição difícil das outras montadoras. “Nós estamos com a mente aberta a respeito da situação. Entendemos que a Renault e a Honda estão numa posição difícil. As discussões precisam ser feitas”, declarou.

No entanto, assim como Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, Wolff demonstrou preocupação com o grande aumento de custos que a abertura na regra de desenvolvimento dos motores poderá provocar, o que significaria um enorme problema para as equipes com menos recursos no grid.

“A redução de custos é o tema do momento, e o desenvolvimento durante a temporada provavelmente representará um custo adicional de dois dígitos [de milhões de euros]”, alertou.

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