Associação dos Pilotos lamenta perda de “grande talento” e diz que deve a Bianchi “nunca ceder” na busca por segurança

A Associação dos Pilotos da F1, a chamada GPDA, também se manifestou e lamentou a morte de Jules Bianchi. A entidade definiu o jovem piloto como um grande talento e reiterou que não vai desistir da batalha pela melhoria da segurança nas pistas

A GPDA, a Associação dos Pilotos da F1, também se pronunciou neste sábado (18) sobre a morte de Jules Bianchi, confirmada pela família do piloto na noite desta sexta-feira. A entidade que representa os competidores lamentou a perda precoce do jovem francês e reiterou a batalha por maior segurança no automobilismo. 

"A F1 perdeu um grande talento, um grande homem e ótimo amigo hoje", disse a GPDA em nota. “21 anos depois das mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger, nós perdemos agora Jules, que morreu em decorrência direta de um acidente na pista”, completou.

Associação ainda deixou claro deve ao francês uma postura de nunca ceder na busca por ampliar os padrões de segurança do esporte. “Em momentos como estes, nós somos brutalmente lembrados de como o esporte a motor ainda permanece perigoso”, acrescentou o comunicado.

Pilotos prestam homenagem a Jules Bianchi (Foto: Getty Images)

“Apesar das melhorias consideráveis, nós, pilotos, devemos à comunidade do automobilismo, aos amigos e à família de Jules nunca ceder quando o assunto for a melhoria da segurança”, acrescentou o comunicado. "Desejamos agora as mais sinceras condolências à família de Jules e aos amigos", encerrou o texto.

Bianchi faleceu nove meses depois da fortíssima batida em Suzuka. O impacto sofrido na cabeça com o choque com uma grua deixou de imediato o piloto inconsciente e foi extensivamente danoso, sem dar chance de recuperação. Jules permaneceu em coma durante todo esse tempo e acabou não resistindo à lesão.

No comunicado oficial da morte do piloto, a família não escondeu a tristeza e a dor pela perda do jovem de 25 anos. “Jules lutou até o final, sempre o fez, mas hoje a luta chegou ao fim. A dor que sentimos é imensa e indescritível“, afirmou a nota.

A morte de Bianchi é a primeira desde os acidentes fatais de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna naquele fim de semana do GP de San Marino em 1994. Desde então, muito se trabalhou em cima da segurança dos pilotos, tanto em termos de materiais quanto de procedimentos em pista. Peças como o hans-device — que protege o pescoço e impede o movimento em caso de impacto forte —, a estrutura de fibra de carbono para manter o habitáculo do piloto intacto e um reforço no material dos capacetes ajudaram a manter o maior tempo sem mortes na história da F1, 20 anos.

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