Aston Martin admite retrocesso em 2024 e promete ser mais “autocrítica” com novo carro
Chefe da Aston Martin, Mike Krack admitiu que ainda busca entender os motivos que causaram a queda de desempenho da equipe na segunda metade da temporada 2024 da Fórmula 1
A Aston Martin terminou a temporada 2024 da Fórmula 1 apenas na quinta posição do Mundial de Construtores, mas poderia ter sido muito pior, de acordo com Mike Krack, chefe da equipe. O luxemburguês destacou a queda de desempenho ao longo do segundo semestre do ano passado e admitiu que os esmeraldinos precisam ser mais “autocríticos” para entender e resolver os problemas que estão afetando o carro.
Embora tenha engatado uma boa sequência de sete corridas consecutivas dentro da zona de pontuação logo no início do ano, incluindo o quinto lugar de Fernando Alonso no GP da Arábia Saudita, o melhor resultado da base de Silverstone nas 24 etapas disputadas, a segunda metade de campeonato foi desastrosa. Nas dez corridas que aconteceram após as férias de verão europeu, o bicampeão do AMR24 #14 somou apenas 21 pontos, enquanto que Lance Stroll, por sua vez, passou em branco em todas as oportunidades.
Como resultado, a escuderia de Lawrence Stroll acumulou um total de 94 tentos na classificação, 374 a menos que a Mercedes, quarta colocada. Ainda que tenha terminado o certame com uma vantagem de 29 pontos sobre a Alpine, na sexta posição, e 36 sobre a Haas, sétima, as duas rivais apresentaram performances mais convincentes na reta final. Por isso, Krack admitiu que a Aston Martin precisa fazer uma análise mais profunda sobre o que aconteceu.
“Entregamos abaixo das expectativas, então não podemos estar felizes com a maneira como a nossa temporada terminou. Continuamos em quinto, mas se o campeonato tivesse começado no verão, não terminaríamos em quinto”, disse em entrevista ao Motorsport. “Então, acho que precisamos refletir sobre a temporada e analisá-la de forma muito crítica. As mudanças que fizemos no carro não foram capazes de melhorá-lo, e há um pequeno paralelo em tudo isso com 2023”, continuou.
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“A diferença é que começamos melhor em 2023 e não permanecemos no mesmo nível este ano [2024]. Então, acho que há muito o que analisar em termos de como fazemos essas coisas, porque agora, por dois anos consecutivos, não conseguimos realmente melhorar depois de começar bem — na verdade, retrocedemos”, lamentou Krack, que ainda reconheceu que as rivais realizaram um trabalho melhor.
“O fato é que, independentemente dos outros, temos um carro como base no início do ano e temos outro carro no final do ano, e temos um longo caminho entre os dois. Acho que a curva de desenvolvimento das outras equipes foi muito melhor que a nossa. Independentemente de onde terminamos, as posições finais das primeiras oito ou nove corridas de 2023 colocaram muita pressão em cima de todo o sistema”, apontou.
“Mas, no final das contas, não importa se começamos o ano como a quinta força do grid — ou quarta, dependendo de como encaramos o que aconteceu no último ano — ou se começamos como segunda ou terceira força, isso não muda o quadro geral. Muda apenas para quem olha de fora. Tipo: ‘eles eram tão bons e agora são tão ruins'”, acrescentou.
“Mas quando desconsideramos a competitividade ou a ordem de forças, temos um carro com o qual começamos a temporada e temos um carro com o qual terminamos a temporada — o quanto nós o melhoramos? Acho que outros fizeram um trabalho melhor por dois anos seguidos, e isso é algo para o qual nós realmente precisamos olhar”, admitiu o chefe da Aston Martin.
“Não podemos simplesmente nos conformar com isso. O nível de competitividade é muito alto para não olharmos muito bem para o que estamos fazendo. Então temos de ser autocríticos. Tomamos as decisões certas nas horas certas? Deveríamos ter esperado, talvez, um ou dois passos até que elas fossem realmente provadas como sendo corretas? Ou simplesmente nos precipitamos porque a pressão é alta? Então, são todas perguntas que temos de nos fazer — criticamente — e tirar as conclusões certas disso”, concluiu.
Agora, a Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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