Aston Martin aponta troca de peças após batidas como motivo de problemas no Brasil
Mike Krack, chefe da Aston Martin, afirmou que a equipe trocou as especificações de algumas peças após acidentes na classificação e isso causou problemas para Fernando Alonso e Lance Stroll em Interlagos
A Aston Martin teve um fim de semana para se esquecer no GP de São Paulo, realizado no último domingo (3). A equipe avançou ao Q3 da classificação, mas viu Lance Stroll e Fernando Alonso baterem e comprometerem os carros para a corrida. Segundo Mike Krack, chefe do time, os mecânicos tiveram de trocar componentes dos monopostos, o que prejudicou a performance.
Segundo o regulamento de um fim de semana sprint, as equipes podem mudar alguns componentes do carro após a classificação se houver falta de partes, algo que era o caso para a Aston Martin. Com isso, a equipe britânica reverteu o assoalho para uma especificação antiga, que foi introduzida no GP da Hungria.
No entanto, por conta do parque fechado, o time não poderia fazer ajustes mecânicos e, com isso, ficou com dois carros muito instáveis e imprevisíveis. Dessa maneira, Stroll travou os pneus traseiros na volta de apresentação e não conseguiu largar e Alonso sofreu com os quiques do carro e terminou a prova se queixando de dores.
“Ficou claro que ambos os pilotos estavam lutando contra um carro extremamente difícil de pilotar durante a corrida. A análise pós-fim de semana destacou vários fatores que explicam isso”, iniciou Krack.
“Após os acidentes de ambos os carros na classificação, tivemos de substituir muitos componentes por uma especificação diferente devido à disponibilidade no final da perna tripla. Isso é permitido pelo regulamento de uma rodada sprint. Você declara as faltas e opções de substituição à FIA antes do evento. Porém, não é permitido alterar o ajuste mecânico dos carros. Isso significou que não podíamos verificar ou ajustar o set-up dos carros, o que afetou negativamente o comportamento aerodinâmico e o desempenho”, continuou.
“Somado a isso, as condições da pista molhada estavam traiçoeiras, junto de uma pista incrivelmente irregular. Ambos os pilotos estavam em desvantagem. Ambos os carros eram altamente suscetíveis ao travamento das rodas e podemos ver nos dados que isso foi o que causou os problemas para Lance e Fernando”, completou.
Com mais um fim de semana difícil no Brasil, a Aston Martin fechou a perna tripla da América sem somar pontos. De momento, a equipe tem 86 tentos conquistados e está em quinto do Mundial de Construtores.
Agora, a Fórmula 1 faz uma pausa de duas semanas e retorna entre os dias 21 e 24 de novembro para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos.
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