Aston Martin vê “pressão interna enorme” após atualizações de Ímola “não entregarem”
Mike Krack, chefe da Aston Martin, assumiu que há menos paciência com performances da equipe nesta temporada
Depois de dar um salto de desempenho entre o final de 2022 e o começo de 2023 na Fórmula 1, a Aston Martin estagnou em 2024 e não consegue mais repetir as performances que teve no início da temporada passada. E o chefe, Mike Krack, afirmou que a paciência interna está pequena diante do atual quinto lugar no Mundial de Construtores.
Em 2023, com a chegada de Fernando Alonso, foram seis pódios para a Aston Martin nos primeiros oito GPs, e o espanhol era a principal pedra no sapato da dominante Red Bull. Porém, com a situação de momento, o dirigente assumiu em entrevista à revista inglesa Autosport que a pressão vinda de dentro da equipe está maior.
Além disso, Krack também pontuou as dificuldades para conseguir tirar o máximo possível do pacote de atualizações implementado em maio, no GP da Emília-Romanha.
“Bem, acho que há dois aspectos. Primeiro: que progresso fizemos em comparação com a concorrência ao longo dos anos? Temos metas ambiciosas e tentamos gerenciá-las. Acho que isso é algo sobre o qual estamos discutindo, temos um plano em prática e sabemos que não podemos ir de sétimo para primeiro. Não é possível. É preciso algumas coisas. Vimos um pouco do que precisaremos no futuro. Esse é um ponto e acho que há uma certa dose de realidade ou realismo e também paciência”, analisou.
“Mas então, quando aumentamos o zoom e trazemos atualizações que não estão oferecendo o desempenho que deveriam, a pressão aumenta e com razão. Acho que a percepção externa não está errada. A visão interna é de uma pressão enorme, porque a atualização de Ímola não entregou o que se esperava, e tentar resolver isso o mais rápido possível agora é o objetivo. Entendo também que há menos paciência”, continuou.
Nesta temporada, a Aston Martin está com apenas 73 pontos somados no Mundial de Construtores. Além de não ter conquistado nenhum pódio em 2024, o melhor resultado da equipe inglesa no ano foi a quinta colocação de Alonso no GP da Arábia Saudita.
Com essa realidade frustrante, Krack salientou que a forte campanha no começo de 2023 “não foi um reflexo verdadeiro” da equipe e pode ter sido enganadora.
“Outros tiveram desempenho inferior ao esperado e nós tivemos um superior, então o início de 2023 provavelmente não foi um reflexo verdadeiro de onde realmente estávamos como equipe”, disse.
No entanto, o dirigente mantém as esperanças vivas em uma reviravolta nesta temporada e conta com a compreensão de Lawrence Stroll, dono da equipe. Para Krack, esta é uma situação indesejada, mas que pode ser revertida com tempo, algo que o empresário canadense entende.
“Lawrence está neste negócio há muito tempo. Ele conhece muito bem como funciona a Fórmula 1. Ele sabe que leva tempo para ir de algo que não funcionou para algo melhor. Fazer novas peças, fazer isso, fazer aquilo. É uma situação que não gostaríamos de estar. Começamos a temporada em quinto, queríamos chegar mais perto, tínhamos um plano para nos aproximar dos carros de ponta e não entregamos”, concluiu.
A Fórmula 1 volta apenas entre os dias 23 e 25 de agosto para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort.
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