Aston Martin visa “ritmo de time vencedor” e busca acertar “90% das atualizações” em 2025

Escolhido para ser o substituto de Mike Krack no cargo de chefe de equipe da Aston Martin, Andy Cowell apontou a incapacidade de acertar nas atualizações como principal problema e cobrou melhorias

Novo chefe da Aston Martin para a temporada 2025 da Fórmula 1, Andy Cowell apontou os erros cometidos pela equipe em 2024 e garantiu que todos estão se esforçando muito para mudar o cenário nos próximos anos. Ao falar sobre a infraestrutura de última geração da base de Silverstone, o britânico disse que os esmeraldinos precisam se concentrar em aumentar a taxa de acerto das atualizações.

Ainda que tenha repetido o quinto lugar na classificação final do último Mundial de Construtores, a escuderia comandada por Lawrence Stroll teve uma performance muito inferior e somou 186 pontos a menos do que havia feito em 2023. A dificuldade em desenvolver melhorias para o AMR24 foi o grande problema dos ingleses, que viram os rivais da parte de baixo da tabela — Alpine e Haas, principalmente — evoluírem na reta final de certame.

“Todos na equipe estão se esforçando. Nós definitivamente ganhamos o campeonato mundial de maior número de atualizações em 2024, mas essas atualizações não se traduziram em tempo de volta — e o que todo mundo quer neste negócio é encontrar tempo de volta”, começou Cowell em entrevista ao site oficial da Aston Martin. “Isso não quer dizer que devemos acertar sempre”, continuou.

“Vi estatísticas que mostram que, em ambientes de pesquisa e desenvolvimento, uma taxa de sucesso de 20% é alta. Se conseguirmos uma taxa de sucesso de 20%, será bom, mas a questão é que isso precisa acontecer em nosso centro de tecnologia, e não na pista”, explicou.

De acordo com Andy Cowell, a Aston Martin precisa acertar mais nas atualizações (Foto: Reprodução/Motor.es)

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“Precisamos ter certeza de que todas as nossas ferramentas e processos na fábrica estejam funcionando bem o suficiente para garantir que, sempre que levarmos uma atualização ao circuito, tenhamos pelo menos 90% de certeza de que funcionará na pista e atenderá às nossas expectativas. Não é fácil de atingir, mas é o que precisamos almejar. Temos ferramentas de CFD (Dinâmica de Fluidos Computacional, simulação em computador que permite prever como fluidos e gases circulam na superfície de um veículo) muito poderosas e o túnel de vento mais avançado do esporte entrando em operação”, apontou.

“São apenas simulações, sempre haverá o risco de os dados não corresponderem exatamente ao que encontramos no circuito, mas nossas simulações podem nos dar uma direção sólida e estou confiante de que podemos chegar ao ponto em que acertamos 90% das vezes. É nesse nível que as equipes vencedoras de campeonatos mundiais estão operando, então esse precisa ser nosso objetivo, no mínimo”, concluiu o chefe da Aston Martin.

Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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