Audi, Ferrari e Red Bull vão à caça por engenheiros da Renault após saída da F1

Funcionários da fábrica da Renault em Viry-Châtillon já teriam, inclusive, feito entrevistas de emprego na Ferrari, segundo a revista alemã Auto Motor Und Sport

A confirmação do encerramento da produção de motores para a Fórmula 1 já provoca movimentações internas importantes na Renault. Embora a montadora francesa tenha garantido que não vai demitir o grupo de trabalhadores especializado na produção de unidades de potência para a categoria, mas sim transferi-los para as instalações da Hypertech Alpine, na fábrica de Viry-Châtillon, muitos deles estariam dispostos a seguir outros projetos, ainda dentro da F1.

De acordo com a revista alemã Auto Motor Und Sport, os trabalhadores se sentiram traídos após o fim da produção e já procuraram outras equipes para trabalhar. A Ferrari foi um dos times que enxergou uma oportunidade em contratar funcionários do alto escalão da Renault para ajudar na produção do motor italiano para a temporada 2026 da F1, quando os novos regulamentos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) vão começar a valer.

A revista afirma que “dezenas de engenheiros” já fizeram entrevistas de emprego com a equipe de Maranello, que inclusive é comandada pelo francês Frédéric Vasseur. Os italianos entendem que podem obter informações valiosas, já que há um motor protótipo em fase de testes na fábrica da Renault desde junho. Outro fator determinante seria o movimento de contratar profissionais experientes a fim de evitar que as equipes adversárias se reforcem com parte do time de Viry-Châtillon.

Além da Ferrari, Audi e Red Bull também foram à caça dos engenheiros da Renault. Ambas estão em fase de produção de suas unidades de potência para a F1 2026 e querem reforçar seus times. A revista afirma que as duas fábricas já se colocaram à disposição dos funcionários para parcerias futuras, caso haja interesse.

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Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari (Foto: Ferrari)

A Audi trabalha no motor há algum tempo na fábrica de Ingolstadt, já que assumirá as operações da Sauber em definitivo a partir de 2026. Já a Red Bull, que sempre operou como equipe cliente de motores na F1 — inclusive da Renault — surpreendeu a todos quando anunciou que passaria fabricar suas próprias unidades de potência por meio da Red Bull Powertrains, em parceria com a montadora norte-americana Ford.

Ainda de acordo com a Auto Motor Und Sport, o fato de a Alpine provavelmente tornar-se cliente dos motores Mercedes e por centralizar suas operações na fábrica de Enstone, na Inglaterra, deve afastar o vínculo da equipe com a França a partir de 2026, abrindo caminho para uma possível venda da operação.

Apesar disso, o CEO do grupo, Luca de Melo, e o próprio Flavio Briatore, que ajuda a comandar a Alpine, rechaçaram essa possibilidade oficialmente.

Fórmula 1 agora só volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin.

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