Funcionários detonam Renault por fim de projeto de motores na F1: “Sem estudo sério”
O grupo oficializou a notícia na última segunda-feira (30) e abriu caminho para a Alpine utilizar motores Mercedes após a temporada 2025 da categoria
Os trabalhadores da fábrica da Renault em Viry-Châtillon detonaram a decisão da montadora de encerrar a produção de motores para a Fórmula 1 a partir de 2026 e afirmaram que o martelo foi batido “sem nenhum estudo sério”. O grupo oficializou a notícia na última segunda-feira (30) e abriu caminho para a Alpine utilizar motores Mercedes após a temporada 2025 da categoria.
O impasse envolvendo a questão provocou protestos dos funcionários em Monza, durante o GP da Itália. Eles exibiram uma faixa com a inscrição “nos deixe correr”, afirmando que a manutenção da fábrica de Viry-Chatillon seria como “salvar 50 anos da Fórmula 1 na França”.
Os trabalhadores destacaram, ainda, os anos em que motores Renault foram campeões da categoria: 1992, 1993, 1994, 1996, 1997, 2005, 2006, 2010, 2011, 2012 e 2013. “Os funcionários da Renault lamentam a decisão de parar de fornecer motores de F1 a partir de 2026”, começou o comunicado.
“Essa decisão foi forçada pelo ‘grupo’, que quer reduzir o risco financeiro em torno da F1, embora nenhum estudo sério tenha sido feito sobre o impacto nas vendas futuras e no prestígio da marca. Isso foi rejeitado, apesar do fato de que elas teriam possibilitado alcançar vários objetivos: manter um negócio na F1, reduzir os custos de desenvolvimento e operação, manter toda a experiência e a possibilidade de usar um motor RE26 para a categoria, que já está amplamente desenvolvido para a temporada de 2026″, continua o texto.
De acordo com a Renault, a equipe dedicada ao setor não será demitida, mas será realocada para as recém-criadas instalações da Hypertech Alpine, no mesmo local. No entanto, isso não agradou os funcionários. “O conteúdo exato, os recursos e a sustentabilidade dos novos projetos que a gerência quer trazer para a fábrica ainda não estão claros”, afirmam.
“A história mostra que decisões contrárias foram tomadas com frequência e demonstra a importância de reter conhecimentos altamente qualificados para o futuro, a fim de manter a porta aberta para um retorno à F1 quando os regulamentos e a situação financeira do acionista a tornarem mais atraente”, concluíram os trabalhadores.
A decisão de abandonar as unidades de potência de fabricação própria significa o fim de uma era de 47 anos de motores Renault no grid da F1. Desde 1979, foram 178 vitórias em GPs, incluindo nove sob o nome TAG Heuer.
A Fórmula 1 agora faz longa pausa e retorna de 18 a 20 de outubro em Austin, Estados Unidos, início da perna americana da temporada 2024.
Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
LEIA TAMBÉM: Red Bull tropica em si mesma e já conta dias para ver reinado ruir por completo na F1