Ecclestone vê Fórmula 1 “adormecida e sem disposição” para retorno à Alemanha

Ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone não acredita que Stefano Domenicali e Liberty Media estejam interessados em um retorno do GP da Alemanha

Um dos principais assuntos nas últimas temporadas da Fórmula 1 tem sido o aumento no número de provas no calendário, que atualmente conta com 24 etapas por ano. No entanto, mesmo com tantos fins de semana de corrida, o tradicional GP da Alemanha segue de fora da categoria desde 2019, e isso não deve mudar em breve, segundo Bernie Ecclestone.

O antigo chefão da Fórmula 1 afirmou que Stefano Domenicali, atual CEO da categoria, e a Liberty Media não estão trabalhando para garantir o retorno da prova alemã, que já foi o GP da casa para grandes nomes da categoria, como Michael Schumacher e Sebastian Vettel

O GP da Alemanha foi realizado pela última vez em 2019, mas esteve ausente do calendário em 2017 e 2015, quando Ecclestone ainda era o mandatário da F1. Em 2020, a categoria foi a Nürburgring por conta da pandemia de Covid-19, mas não retornou à Alemanha desde então. 

“É decepcionante ver que a Fórmula 1 adormeceu na Alemanha. Na minha época, o maior apoio que tive veio da Alemanha. Agora, parece não haver mais disposição financeira para fazer o que é necessário para trazer a Fórmula 1 de volta”, disse Ecclestone em entrevista ao canal alemão RTL/ntv e ao site sport.de. 

DOMENICALI
Bernie Ecclestone não sente que Stefano Domenicali esteja investido em um retorno à Alemanha (Foto: Fórmula 1)

“Acho que Domenicali está oferecendo o que os proprietários americanos querem ver. Acima de tudo, querem mais corridas. Portanto, não tenho certeza [de quão comprometido está com o retorno da F1 à Alemanha]”, continuou.

Eccleston também comentou possíveis caminhos para uma volta da Fórmula 1 à Alemanha. Além de destacar que é preciso ter um líder para conduzir as tentativas de retorno da categoria ao país, o ex-chefão também afirmou que esperava um papel mais ativo da Mercedes, que é uma marca alemã, mas que opera no Reino Unido.

“A Alemanha precisa de uma pessoa forte para liderar o caminho para a Fórmula 1. Não precisa necessariamente ser um alemão, pode ser alguém que tenha o respeito necessário para dizer: ‘Precisamos trazer a Fórmula 1 de volta à Alemanha, onde ela pertence’”, apontou.

“Pensei que a Mercedes talvez ajudasse um pouco mais para garantir que haja um GP da Alemanha novamente. Mas suspeito que seja difícil tomar tais decisões”, concluiu. 

A Fórmula 1 agora volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin.

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