Bottas prevê evolução da Williams em Montreal, mas reconhece deficiências do FW37: “Não é apenas a aerodinâmica”

Na visão de Valtteri Bottas, o modelo da Williams não é competitivo o bastante para lutar pelas primeiras posições: “Se o carro é bom, então ele será bom em todos os lugares”, disse. O finlandês entende que o FW37 carece de downforce, mas que os problemas vão além da aerodinâmica e incluem a parte mecânica do bólido

A Williams desembarcou em Montreal disposta a deixar para trás o fracasso no GP de Mônaco, ficando pela primeira vez em 24 corridas fora da zona de pontuação. Para a sétima etapa da temporada 2015 do Mundial de F1, o time de Grove preparou um pacote de atualizações para melhorar o desempenho do FW37 no Circuito Gilles Villeneuve e voltar a se colocar na luta contra a Ferrari. Nas etapas do Bahrein e da Espanha, foi justamente Valtteri Bottas o homem da Williams capaz de superar ao menos um piloto do time de Maranello: em Sakhir, o finlandês bateu Sebastian Vettel, que enfrentou problemas na metade final da prova; em Barcelona, Valtteri ganhou o duelo nórdico contra Kimi Räikkönen.

Embora confiante na retomada do bom momento para a Williams no GP do Canadá, Bottas acredita que o FW37 carece de melhorias e reconheceu as deficiências do carro. “Acho que ainda nos falta algum downforce, mas, por algum motivo, nas curvas de baixa nós também não estamos tão competitivos, o que não é apenas aerodinâmica, mas também algo mecânico. Sempre haverá diferenças nos carros em circuitos diferentes, mas se o carro é bom, ele então será bom em todos os lugares”, disse o piloto durante entrevista coletiva concedida na última quinta-feira (4).

Bottas reconheceu que o FW37 carece de evolução não apenas na aerodinâmica, mas também na parte mecânica (Foto: Beto Issa)

“Nós definitivamente precisamos trabalhar nisso para que possamos ser mais específicos sobre o que estamos fazendo com os pacotes aerodinâmicos e o acerto do carro para cada pista, e sempre garantir que vamos tirar o máximo do carro que temos”, acrescentou. “Se você tem um bom carro, não haverá nenhum lugar onde ele seja muito lento. É preciso melhorar tudo se você quiser vencer corridas”, alertou.

A expectativa de Bottas para a etapa de Montreal está em manter a Williams entre as melhores equipes do grid. O piloto, no entanto, ressaltou uma preocupação com o crescimento da Red Bull e disse que a meta será bater os taurinos, que tiveram sua melhor participação justamente em Mônaco, onde a Williams foi muito mal. Mas sem perder a Ferrari de vista, Valtteri fala em reduzir a diferença para os carros de Vettel e Räikkönen, desde que o desempenho do SF15-T não melhore de forma significativa.

“Acho que nós devemos focar em bater a Red Bull aqui. Na Espanha não ficamos tão longe da Ferrari, por isso, se pudermos dar um pequeno passo em frente. Esperamos ser competitivos aqui, depende se os outros melhoraram ou não. Se a Ferrari não melhorou, e com nossos motores novos, é bom ter pistas como essa”, declarou.

“Em relação ao ritmo do carro, acho que a briga entre o terceiro e quinto lugares será entre nós e a Ferrari, por isso, se estivermos perto deles, tudo é possível. Não posso dizer que estamos indo para bater a Red Bull, mas vamos fazer o melhor possível para conseguir”, finalizou Bottas.

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