Depois de uma temporada inteiramente dominada pela Red Bull, que venceu 21 de 22 corridas da Fórmula 1 em 2023, a Ferrari — que triunfou na única disputa em que os taurinos foram derrotados, em Singapura, com Carlos Sainz — terminou o ano perdendo a oportunidade de tomar o segundo lugar da Mercedes no Mundial de Construtores. Porém, a equipe conseguiu alguns números importantes, como as sete poles conquistadas, quesito em que ficou atrás apenas dos austríacos.
Desta forma, Sainz reconheceu que o carro italiano possui pontos fortes que ficaram claros durante o ano. E o espanhol acredita que é possível diminuir a distância dos campeões no desenvolvimento do monoposto de 2024. Para ele, inclusive, a evolução da McLaren mostra que é uma tarefa possível.
“Realisticamente, acho que precisa ser nossa meta [diminuir a distância para a Red Bull]”, disse Sainz. “Se vamos conseguir? Apenas o tempo dirá. Mas quero que a equipe pense que isso é possível, porque eu acredito que é”, afirmou.
“A McLaren conseguiu dar esses passos durante a temporada, e estou perfeitamente confiante de que a Ferrari pode fazer isso durante a pausa de inverno. Acredito nessa equipe”, garantiu.
Dono de duas poles na temporada, na Itália e em Singapura, Sainz destacou a força do carro italiano em ritmo de volta única. Porém, admitiu que não basta ter apenas uma característica forte, já que a equipe costuma sofrer nas corridas com o desgaste dos pneus.
“Acredito na capacidade que temos, em casa, de virar as coisas”, apontou. “Ainda existem circuitos em que conquistamos a pole por 0s3 à frente da Red Bull. É que temos apenas uma característica do carro realmente boa — precisamos torná-lo versátil”, avaliou.
“Definitivamente, [manteria] a velocidade de reta, a performance nas frenagens e em curvas de 90° e de curta duração”, garantiu o espanhol, ao ser questionado sobre o que não mudaria no carro para 2024. “E também acho que a pilotagem sobre as zebras é um ponto muito forte”, elogiou.
Por fim, Sainz destacou novamente que é necessário ter, em 2024, um carro capaz de funcionar em diferentes situações. Ao longo de praticamente todo o ano, tanto o espanhol quanto Charles Leclerc reclamaram que o monoposto tinha uma janela muito curta de funcionamento, o que precisa mudar se o objetivo for alcançar a Red Bull em algum momento.
“O carro tem pontos muito fortes, mas acho que, se quisermos ter um carro para funcionar o ano inteiro, talvez tenhamos de abrir mão de alguns desses pontos para garantir que sejamos rápidos em todas as áreas — especialmente nas corridas”, comentou.
“Acho que, nas corridas, precisamos focar em entender o que estamos fazendo com o carro, o que estamos fazendo com os pneus que não está nos permitindo competir nas corridas tanto quanto Red Bull e McLaren. No Brasil, por exemplo, e em Austin, você podia ver claramente que simplesmente não tínhamos ritmo”, finalizou.
Com a temporada encerrada, a Fórmula 1 retorna apenas no ano que vem, no dia 2 de março, com a estreia do campeonato no GP do Bahrein.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
