Sainz vê pressão em jejum de títulos da Ferrari no acidente de Leclerc: “Forçando demais”

Max Verstappen deixou o Circuito Paul Ricard como o grande vencedor do GP da França de 2022, mas a cena que marcou a corrida foi, sem dúvidas, o acidente sofrido por Charles Leclerc enquanto liderava. O piloto da Ferrari perdeu o controle do carro na longa curva 11 e foi diretamente no muro, dando a ponta de bandeja ao maior rival no campeonato. Após a prova, Carlos Sainz — seu companheiro de equipe — argumentou que a forma com a qual a Ferrari tem abordado as corridas este ano, forçando até o limite, aumenta a chance de que os pilotos cometam erros na pista.

“Acho que por estarmos na frente esse ano, estamos forçando demais e não estamos aliviando em nada”, opinou Sainz. “Erros como esse podem acontecer, porque estamos realmente forçando ao máximo e é uma loucura os riscos que estamos tomando com a forma com a qual estamos acelerando”, salientou.

Como argumento, Sainz relembrou que também cometeu erros nessa temporada, como na Austrália, por exemplo. Além disso, tratou o fato como algo normal, que todos os pilotos vão passar em algum momento — o próprio Leclerc, inclusive, já havia passado por algo parecido em Ímola. No entanto, o #16 conseguiu voltar para a corrida na Emília-Romanha, algo que não foi possível em Le Castellet.

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“Eu cometi um erro em uma corrida antes, Charles [Leclerc] cometeu um aqui [na França], Max [Verstappen] vai cometer algum eventualmente, então essas coisas acontecem”, avaliou. “É uma curva complicada. Nós fomos muito rápidos como equipe ao longo de todo o final de semana naquela curva, é uma virada em que estávamos muito fortes”, revelou.

Por fim, Sainz afirmou que tem aprendido com os erros que cometeu no início do ano, seu primeiro na F1 em que tem um carro capaz de brigar pelo título. Apesar de um início de temporada bastante complicado, o espanhol deixou os erros para trás e até mesmo conquistou sua primeira vitória na categoria ao triunfar no GP da Inglaterra.

“Acho que eu fiz progresso”, observou. “Acho que o erro de Charles apenas mostra que não é fácil estar no limite do carro todo o tempo, e isso provavelmente me custou, no início do ano, alguns erros que eu não deveria ter cometido”, encerrou o companheiro de Leclerc.

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