CECA evita licença, mas mantém projeto de autódromo do RJ vivo ao exigir novos estudos

O projeto do autódromo de Deodoro segue vivo, mesmo com a F1 optando por seguir em São Paulo. Órgão de controle ambiental quer novos estudos sobre destruição da Floresta do Camboatá, necessária para liberar o terreno

A reunião da Comissão Estadual de Controle Ambiental – CECA -, na tarde desta quinta-feira (19), manteve vivo o projeto de autódromo de Deodoro, planejado para ser construído às custas da destruição da Floresta do Camboatá, única reserva de Mata Atlântica restante na cidade do Rio de Janeiro. O Conselho do CECA votou a favor de dar a oportunidade do consórcio realizar complementos em seus estudos de impacto ambiental. Decisão foi tomada ainda que o parecer técnico do Instituto Estadual do Meio Ambiente – INEA – tenha sido altamente desfavorável.

O Conselho do CECA, dotado de 13 membros, votou por dez a três para que o Rio Motorpark siga tentando comprovar que há bases ambientais para avançar com o processo. Os outros três votos foram a favor do indeferimento total do projeto, o que cerraria de vez as portas para todo o processo.

Apesar disso, o consórcio Rio Motorpark não conseguiu a licença prévia que buscava – o que confirmaria a Floresta do Camboatá como praça do empreendimento. Entretanto, apesar de um parecer completamente oposto a tudo que apresentou como projeto e possibilidades, o consórcio ganhou mais tempo para se viabilizar.

O projeto de pit-lane de Deodoro (Foto: Reprodução)

Conheça o canal do Grande Prêmio no YouTube! Clique aqui.
Siga o Grande Prêmio no Twitter e no Instagram!

Com a decisão e o novo estudo que será encomendado pelo Rio Motorpark, é provável que haja uma nova Audiência Pública, como aquela que varou a noite e durou por volta de dez horas realizada em agosto passado e que acabou com a justiça travando o projeto.

De qualquer maneira, a Floresta do Camboatá segue intocada por alguns meses. Segue ameaçada, porém, por um projeto que deve outras explicações que não apenas ambientais: de onde virá o dinheiro para todas as obras, por exemplo.

VOTARAM CONTRA O INDEFERIMENTO DO PROJETO

Antônio Florêncio de Queiroz Neto – Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA)

Miguel Sartori Panaro – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais (SEDEERI)

Jorge Vicente Peron Mendes – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN)

Marco Antonio Cruz – Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ)

William Fonseca Pamplona de Figueiredo – Secretaria de Estado de Fazenda e Planejamento (SEFAZ)

Eduardo Schlaepfer Ribeiro Dantas – Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE)

João Eustáquio Nacif Xavier – Instituto Estadual do Ambiente (INEA-presidência)

Oyama Bastos – Instituto Estadual do Ambiente (INEA-DILAM)

Fábio Campos Costa – Instituto Estadual do Ambiente (INEA-DIPOS)

Airton Melgaço Lima – Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA)

VOTARAM PELO INDEFERIMENTO

Leonardo David Quintanilha de Oliveira – Procuradoria do Patrimônio e do Meio Ambiente da Procuradoria Geral do Estado (PGE)

Luiz Carneiro de Oliveira – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA)

Helena de Godoy Bergallo – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.