CEO da F1 aposta em grid equilibrado até final de 2025: “Está acontecendo o que eu disse”
Stefano Domenicali relembrou discurso no início do ano de que o grid da F1 seria mais equilibrado em 2024 e apostou na manutenção da competitividade até o final da próxima temporada
A disputa da temporada 2024 da F1 tomou um rumo inesperado depois de começar com mais um domínio da Red Bull na pista. Depois de Max Verstappen dar indícios de que a busca pelo título terminaria de maneira avassaladora mais uma vez, três outras equipes — Ferrari, McLaren e Mercedes — venceram corridas e colocaram os taurinos em posição desconfortável pela primeira vez desde 2022.
CEO da F1, Stefano Domenicali admitiu que ficou feliz por ver que seu discurso no início do ano, de que a temporada seria mais equilibrada, se provou na prática. E o italiano apostou que o equilíbrio vai seguir até o fim de 2025, última edição antes da introdução do novo regulamento de motores.
“Fico muito satisfeito em ver que o que eu disse no início do ano é exatamente o que está acontecendo, quando todos acreditavam que eu estava dizendo aquilo por razões políticas. Com certeza, isso vai continuar até o fim de 2025. Esse elemento de ação esportiva, de drama, está definitivamente lá”, disse Domenicali ao portal inglês Autosport.
O equilíbrio de 2024, entretanto, também gerou o pensamento de que o novo conjunto de regras de 2026 pode gerar uma discrepância grande de forças novamente — e justo quando a categoria voltou a apresentar batalhas diretas pelo primeiro lugar.
Domenicali, entretanto, fez questão de ressaltar que as alterações no regulamento também surgiram a partir de necessidades da F1. Por exemplo, atrair o investimento de novas montadoras, como a Audi.
“Há razões por trás da mudança. Primeiramente, precisamos estar à frente do que estamos fazendo. E as regras de 2026 foram, naquele momento específico, relacionadas a uma necessidade de que novas montadoras se envolvessem na F1 com um tipo diferente de tecnologia. Realmente acredito que isso é fundamental e crucial”, analisou.
Na opinião de Domenicali, a introdução do combustível sustentável na categoria também tem como objetivo acelerar a disponibilidade da tecnologia no mercado. Segundo ele, a evolução do projeto pode impactar em preços mais baixos no fornecimento à população.
“Além disso, o fato de termos combustíveis sustentáveis no centro desse projeto vai acelerar o processo de tornar essa tecnologia acessível à mobilidade mundial de forma mais rápida. Vai gerar uma queda no combustível, com preços mais baixos, que será benéfica ao mercado mundial. Estou convencido disso”, pontuou.
“Hoje, o preço [do combustível sustentável] é muito mais alto, mas a F1 sempre foi boa em acelerar os processos e ajudar a tecnologia a seguir na direção correta. É isso que estou esperando, e tenho certeza de que todos vão trabalhar nessa direção”, destacou.
A Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.
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